MEU CANTO NO RECANTO
Há exatos 6 meses comecei a postar meus textos no Recanto. Não faltei 1 dia sequer. Até quando irei, não sei. Só o tempo dirá. Nem sempre a inspiração me é companheira. Às vezes ela falha.
Nesse período tenho aprendido que cada um tem uma forma de interpretar nossos escritos. Acompanho os comentários feitos pelos Recantistas leitores. Com eles aprendi muito. Enalteço os que tem sempre uma palavra de incentivo aos escritores. Lendo os textos e também comentários, pude fazer o perfil de vários leitores. Mas sei que também muitos leem e nada comentam. Na maioria das vezes eu também sou assim.
Quero agradecer a todos que nesse período deixaram no meu canto, palavras de incentivo e carinho. Isso fez com que eu tivesse estímulo para continuar escrevendo.
Por hoje meu abraço carinhoso a todos e, para comemorar, estou reeditando o meu primeiro trabalho postado que foi muito bem aceito na época.
POEMA DE ENCONTRAR-TE
Caminhava pela vida só
e de repente surgiste
trazendo no olhar
o universo inteiro
que em tantos olhares procurei
sem encontrar...
Pouco a pouco
senti que me cativavas,
que eras o alguém
que sempre desejei.
Mas não ficaste.
Tão de mansinho
como surgiste te afastaste.
A quê hei de comparar-te,
a um dia de primavera?
Não.
És mais que isso.
Um dia de primavera se vai
e a beleza de suas flores
fenece num instante
_ tu no entanto
permanece em mim;
A uma lufada de brisa?
Talvez.
A brisa embala a vida
tornando-a repleta de sonhos
_ e eu passei a sonhar
pensando em ti;
A uma estrela?
Sim.
Comparar-te-ei a uma estrela
no infinito a brilhar.
Não a uma estrela qualquer
mas àquela longinqua e inatingível
que meus olhos veem
e meu coração não consegue alcançar...
Que tristeza,
conhecer-te e perder-te!
Descobrir tarde demais
a morada da felicidade.
Mas não hei de chorar!
É a vida.
Saberei seguir
sem me importar...