SEJAMOS BONS
Não te aflijas com a perspectiva da perfeição de um dia para outro.
As tarefas redentoras desconhecem o improviso.
Ergue-se a casa, tijolo a tijolo.
Forma-se o rio, gota a gota.
Constitui-se o tecido, fio a fio.
O Mestre, por isso mesmo, não espera do discípulo prodígios de santidade, num simples momento, de vez que a virtude não é flor ilusória no jardim sublimado da alma.
Entretanto, se não podemos realizar o aprimoramento numa hora, devemos aprender a lição da bondade, dia a dia.
Sejamos bons para com aqueles que a Divina Bondade situou em nossos próprios passos, auxiliando-os na senda de elevação.
Sejamos bons para com os que caíram na margem de nossa própria estrada, oferecendo-lhes o toque da nossa amizade ou encorajando-lhes o reerguimento com o sorriso de nossa compreensão.
Sejamos bons para com as vítimas da maldade, amparando-as sem ruído para que a maledicência emudeça e para que a calúnia imobilize as garras de treva.
Sejamos bons para com os fracos que não podem ainda caminhar sem a neurastenia, sem a queixa e sem a lágrima, sustentando-lhes o coração com os nossos braços fraternos.
Por onde passamos há sempre alguém que espera um pouco de carinho a fim de restaurar-se.
Na harmonia da natureza a flor estende o perfume, a ave carreia a música, a fonte desliza servindo e a árvore produz reconforto e alegria exaltando o sol que mergulha na Terra em ondas ilimitadas de luz.
Por nossa vez ofereçamos a bondade a quem passa por nós ou a quem respira conosco e estaremos louvando a Infinita Bondade do Pai Celestial que, em todos os ângulos da vida, nos envolve em suas Bênçãos de Amor.
Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro: Trilha de Luz. Lição nº 11. Página 53.