A felicidade...
Não existe, portanto, uma fórmula mágica para a felicidade, nenhuma receita misteriosa ou mapa desconhecido para alcançá-la.
Cada indivíduo, conforme sua constituição emocional, física e psíquica, tem as próprias aspirações, o que estabelece a variedade de expressões a seu respeito, demonstrando que, aquilo que para uns é realização plenificadora, para outros, talvez não tenha qualquer significado relevante.
Alguém pode aspirar à quietude de um burgo onde possa renovar-se após o cansaço e a exaustão do trabalho, caminhando por trilhas ricas de vegetação e céu azul, enquanto que outros são capazes de ambicionar uma residência palaciana suntuosa, com criadagem submissa e tesouros que deslumbrem a vista e estimulem à soberba... Há o encantamento do artista ante a beleza do seu feito, do cientista ante a sua investigação concluída, do religioso na ânsia do êxtase, do pensador na elaboração de ideias grandiosas, como também dos oprimidos sonhando com a liberdade, dos famintos anelando pelo pão, dos enfermos lutando pela conquista da saúde, dos solitários encontrando companhia, dos simples de coração anelando pela dádiva do trabalho e da paz...
Variando, de acordo com os níveis de inteligência e de consciência, a felicidade é peregrina que viaja de uma para outra ambição sempre risonha, aparentemente difícil de ser retida, mas de fácil conquista, quando se ama e não se espera receber a retribuição.