Santo de casa.
Santo de casa.
Compilando em um livrinho que escrevo, intitulado “À Nossa Família (Curiosidades e Lembranças)”, há algum tempo resolvi desconstituir frases (pensamentos) adotados como verdades, mas que não se sustentam na mais perfunctória avaliação...E, dentre essas está a que diz que “santo de casa não faz milagres”...
Curiosamente, se digo que fiz uma grande bobagem (no seio da minha família), será natural que me perguntem: qual? Mas se digo que fiz algo de importante, também será natural que me tenham por presunçoso, pedante etc. Ou seja, ser um “diabo” em casa pode... mas ser um “santo” em casa não pode...
Mas essa “condição” de baixa estima não se circunscreve ao âmbito familiar... Pode-se auto-criticar negativamente e tudo bem... mas auto-estimar-se, jamais...!
De onde vem essa situação de aniquilamento da personalidade quando é para para elevar o indivíduo (homem ou mulher), e concordância para que seja rebaixado? Ou ainda, aprova-se quem se auto destrói, e desaprova-se quem se auto constrói... ou se auto-considera...
Independentemente da sua origem, a frase, que acaba se tornando um preconceito em prol de uma pseudo humildade, mais reflete a necessidade de ter-se indivíduos subalternos, submissos, ou cabisbaixos...
Por que, e para que, prefiro nem pensar...
Bjs.
As. Rodolfo Thompson – 12/5/2013. OAB(RJ): 043.578 – [Cel. (21) 8100-9806].
Ps. Aliás, para quem é religioso, a Bíblia tem a pessoa humana elevadíssima: Mateus 5, 13-14; 48. Efésios 5,1