Astral
Astral.
Podendo ser concebida como celestial (sideral, etéreo etc.), a expresão indica os conceitos de bem e de mal, ou seja, estar com alto astral, é estar com o Bem, e estar com baixo astral, é estar com o Mal.
Tratando de conceito de valor axiológico (moral individual, moral familiar, moral coletiva, moral social, moral religiosa, moral política, moral profissional etc.), o Astral representa a percepção de cada um de acordo com a sua cultura.
Por um lado, o Astral pode ser relativo, ou seja, dada a diversidade de culturas, o que é do “bem” para um, pode ser do “mal” para outros. Por exemplo: contrair casamento com mais de um cônjuge (nome da pessoa que se casa) é crime no Brasil, enquanto em alguns países chega a ser sinal de status. Por outro, o Astral pode ser absoluto, visto que, dentro de certa cultura, independentemente da percepção da outra, ele será considerado como tal, dentro dos padrões ali estabelecidos.
No entanto, há uma terceira categoria de Astral que pode ser vista, e tida, como Universal, vinculada ao Juízo Universal como conceito de valor moral adotado por todas as culturas, por exemplo: matar alguém. O fato de poder haver uma justificante, como, por exemplo, a legítima defesa, que será a exceção, não exclui a regra, o juízo de reprovação sobre a morte provocada.
Neste passo, há verdades relativas, mas também há verdades absolutas;
Portanto, dizer que alguém tem “alto astral” ou “baixo astral”, é, nada mais, nada menos, que dizer ser a pessoa do Bem ou do Mal.
Isto que é até mesmo necessário à convivência, pois não se pode viver sem os conceitos morais, no entanto, traz a responsabilidade do julgamento. O problema não surge com o julgamento em si mesmo, mas, sim, com a falta, ou superficial, fundamento que o sustenta, ou o ampara – o que tudo indica ser, pode não ser exatamente como se vê, se sente ou se percebe.
O “julgamento” mais comum é aquele feito pelo resultado, ou consequência, em que a “justiça” toma ares de perfeição − “pois os fatos falam por si sós”...
Alguém vê alguém matar, pronto: quem matou é um vil ou torpe assassino...
Quando o julgamento é feito pelo o que “parece ser”, por mais evidente que possa “parecer ser”, se parece, pode não ser: como julgar pelo o que não é?
Um “juízo” de julgamento, e condenação, pode ser feito no que “parece ser”?
Principalmente quando se desconhece com mais detalhes os fatos, e os atos sob os aspectos quanto à consciência [e ciência (conhecimnto específico), – tanto sobre o fato em si, quanto sobre a intensidade e profundidade de suas consequências], à vontade, à causa, à forma, o contexto, o modo, o lugar, o tempo etc.), o julgamento pode causar graves danos, às vezes irreversíveis, na moral da pessoa julgada – e uma pessoa sem moral, é um zumbi (morto vivo).
Quem se importa com a Bíblia Sagrada: o lugar onde se encontra o resumo deste texto está em Mateus 7, 1-2. Ou seja: não julgar sem fundamento!
Ass. Rodolfo Thompson.01.03.2013
Ps. Para mera reflexão, v. Verdade e Justiça – Recanto das Letras.