Olhai-me...
Deixo minha vergonha de lado para pedir compaixão
Não me deixe aqui jogado, venha, me dê sua mão
Preciso sim de alimento, porem muito mais de carinho e atenção
Meu teto é aquela ponte, meu cobertor é este papelão
Sei que não me olhas porque sou sujo e rasgado, tenho aparência de “cão“
Mas se me perguntar, nem sei como cheguei a esta situação
Não sei se tenho família, meus amigos não sei quem são
Só me lembro de que me perdi, quando a vi sair dentro daquele caixão
Mas essa já é outra história que não convém contar aqui não
E se mesmo assim não consegui chegar até você, faço minha ultima apelação
Fazendo minha as palavras Dele que morreu para nossa salvação
Faça o bem sem ver a quem, foi o que determinou Jesus nosso irmão