Escuta-me
Escutai filho, parai de pensar em teus desejos mirins, pois o tempo não é mais o mesmo de outrora.
Não viva como se a cachoeira não corresse nunca, pois não se pode parar a natureza, lembre-se apenas de quão foi belas as águas por ela passada.
Abri-lhe os olhos filho meu, desconfia-te dos caminhos por onde passas e busque apoio nos galhos já ausente de suas árvores.
Não pegais o mais robusto e grande, este te pesará em teu caminho a frente, procurai o mais singelo e simples dos galhos, este não te cansará em sua empeleitada.
Não queira ser o melhor dos mortais, queira apenas a sabedoria da vida entre eles, pois em muitas vezes, para o alcance da coroa, o rei sacrifica muitos dos seus peões e isso é um veneno para o teu puro coração.
Fazei isso filho meu e alcançará a imortalidade que tanto desejas.