ENGENHARIA GENÉTICA

Meus poemas...

São como filhos.

Eu não os escolho,

São frutos do misterioso improviso do amor.

No cerne da mais pura emoção,

Eu os concebo...

E dou-lhes luz.

Amo-os incondicionalmente.

Embora não sejam perfeitos,

Trago-os grudados ao peito.

De mim... são total extensão...

E deles jamais abro mão.

E, quando me sinto só...

Meio assim...sem razão...

A todo o universo,

Eu releio os meus versos!

E na emoção da retórica...

Eles recontam a minha história.

Só assim me sinto plena.

Nessa fusão de "genes e letras",

Sei do quanto me valeu a pena...

Ter amado,

ter vivido!

Te-los escrito...

Te-los concebido!

SP,11-03-2005