Agradeço à querida Escritora Sueli Aquino pelo honroso convite para prefaciar esta incrível, densa, universal e fantástica obra!
Ana Stoppa - Prefácio Escrito Para A Obra "Encruzilhadas" - Autora Poetisa Sueli Aquino - (Aquino Recanto Su Aquino).
Encruzilhadas
Complexos labirintos, obscuros caminhos, paisagens estáticas permeadas de cinza, desafios por vencer na rapidez imposta pelo tempo.
Onde outrora desabrocharam as inocentes flores campestres perfumadas de sonhos, viu-se gradativamente a transmutação da paisagem, primavera tardia, flores ausentes; viver transformou-se em uma insana e por vezes dolorosa luta em meio aos pontiagudos espinhos da realidade descortinada sem pedir licença.
A exuberância das flores, o frescor da primeira primavera, a harmonia das pétalas, tudo fascinante, tudo tão perene.
Foram-se os ramalhetes, os botões, os caramanchões perfumados.
A terra outrora fértil tornou-se pela ação do implacável contador da vida - o tempo estéril, dura, silenciosa,amarga,tristonha.
A árida vegetação formou-se com incrível rapidez - canteiros demarcados pelo crescimento assustador das pragas, galhos entrelaçados formando labirintos tornando impossível desvendar caminhos outrora amenos.
O breve existir assemelha-se a labirintos, o amor revelado nas flores e as dores nos espinhos que surgem em abundância estabelecendo a sintonia entre sonhos agonizantes e a dolorosa realidade.
Como a primeira rosa matinal, surge a menina lívida com os olhos orvalhados de inocência.
Em um mundo infinitamente azul, encontra o príncipe de todos os contos de fadas, e experimenta desabrochar do amor.
Anseios, receios, medos, segredos, desejos infindos, tortuosas estradas, encruzilhadas, labirintos, renúncias, paisagens, miragens, lágrimas, nostalgia, coragem.
Os caminhos percorridos na dança do existir tornaram-se etéreos palcos para as escuras teias tecidas pelo amor distanciado.
Para iluminá-lo, a alma precisou lançar mão de todas as estrelas guardadas no embornal da esperança, impedindo assim a morte prematura do espetáculo.
Imortal - assim se desnuda o amor que a obra descortina.
Porém, o tempo encarregou-se de construir poderosas trincheiras onde pereceram os todos sonhos esmagados pela realidade, quando em meio a encruzilhada optou por dizer adeus, no momento em que o coração implorava para ficar.
Indiferentes ao sofrimento concreto, desfilam as lembranças como que fotografias guardadas nos porta-retratos da alma – preservando aromas, cores, momentos, paixão, amor desmedido.
Em meio ao caos a empurrar o singelo existir, sangram
as chagas, grita o peito, chora a saudade.
Gradativamente a cura, o secar do pranto, a força para carregar a saudade – é preciso seguir.
No vendaval das expectativas, colhe vez ou outra flores do afeto, experimenta o perfume, se reinventa, como passeia com galhardia através das letras, mesmo sabendo dos raros momentos, dos labirintos, das encruzilhadas.
Mais que uma surpreendente obra, este livro escrito pela talentosa Sueli Aquino envolve o leitor de forma intensa diante do generoso compartilhar da emoção.”
(AnaStoppa, 02.01.2013, Obra no Prelo).
Visitem a página da Autora aqui no Recanto:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=67902
Ana Stoppa - Prefácio Escrito Para A Obra "Encruzilhadas" - Autora Poetisa Sueli Aquino - (Aquino Recanto Su Aquino).
Encruzilhadas
Complexos labirintos, obscuros caminhos, paisagens estáticas permeadas de cinza, desafios por vencer na rapidez imposta pelo tempo.
Onde outrora desabrocharam as inocentes flores campestres perfumadas de sonhos, viu-se gradativamente a transmutação da paisagem, primavera tardia, flores ausentes; viver transformou-se em uma insana e por vezes dolorosa luta em meio aos pontiagudos espinhos da realidade descortinada sem pedir licença.
A exuberância das flores, o frescor da primeira primavera, a harmonia das pétalas, tudo fascinante, tudo tão perene.
Foram-se os ramalhetes, os botões, os caramanchões perfumados.
A terra outrora fértil tornou-se pela ação do implacável contador da vida - o tempo estéril, dura, silenciosa,amarga,tristonha.
A árida vegetação formou-se com incrível rapidez - canteiros demarcados pelo crescimento assustador das pragas, galhos entrelaçados formando labirintos tornando impossível desvendar caminhos outrora amenos.
O breve existir assemelha-se a labirintos, o amor revelado nas flores e as dores nos espinhos que surgem em abundância estabelecendo a sintonia entre sonhos agonizantes e a dolorosa realidade.
Como a primeira rosa matinal, surge a menina lívida com os olhos orvalhados de inocência.
Em um mundo infinitamente azul, encontra o príncipe de todos os contos de fadas, e experimenta desabrochar do amor.
Anseios, receios, medos, segredos, desejos infindos, tortuosas estradas, encruzilhadas, labirintos, renúncias, paisagens, miragens, lágrimas, nostalgia, coragem.
Os caminhos percorridos na dança do existir tornaram-se etéreos palcos para as escuras teias tecidas pelo amor distanciado.
Para iluminá-lo, a alma precisou lançar mão de todas as estrelas guardadas no embornal da esperança, impedindo assim a morte prematura do espetáculo.
Imortal - assim se desnuda o amor que a obra descortina.
Porém, o tempo encarregou-se de construir poderosas trincheiras onde pereceram os todos sonhos esmagados pela realidade, quando em meio a encruzilhada optou por dizer adeus, no momento em que o coração implorava para ficar.
Indiferentes ao sofrimento concreto, desfilam as lembranças como que fotografias guardadas nos porta-retratos da alma – preservando aromas, cores, momentos, paixão, amor desmedido.
Em meio ao caos a empurrar o singelo existir, sangram
as chagas, grita o peito, chora a saudade.
Gradativamente a cura, o secar do pranto, a força para carregar a saudade – é preciso seguir.
No vendaval das expectativas, colhe vez ou outra flores do afeto, experimenta o perfume, se reinventa, como passeia com galhardia através das letras, mesmo sabendo dos raros momentos, dos labirintos, das encruzilhadas.
Mais que uma surpreendente obra, este livro escrito pela talentosa Sueli Aquino envolve o leitor de forma intensa diante do generoso compartilhar da emoção.”
(AnaStoppa, 02.01.2013, Obra no Prelo).
Visitem a página da Autora aqui no Recanto:
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=67902