Ensaios de uma vida

...e quando todos se vão, as portas se fecham, as luzes se apagam, o que resta nesta fria madrugada? O que sobra sou eu, trancafiado dentro de mim. Preso pelas amarras da insegurança, do medo e da vergonha num calabouço denominado razão. Eu preciso lutar, me desvencilhar dos nós que me enredam e me mantém fiel ao meu patético curso nas águas calmas do rio da monotonia. Eu quero mais! Quero chegar às corredeiras caudalosas, onde existe sim o risco, a incerteza, as provações, mas acima de tudo existe, para quem realmente encara os desafios de frente sabendo que é por causa deles que a vida vale a pena, a certeza do sucesso e com ele a completa realização dos sonhos. Se querer isso é loucura, que eu seja louco, então. Um louco que quando as portas se fecham e as luzes se apagam, fecha os olhos e dorme feliz. Feliz pelas conquistas, pelos acertos e pelos tropeços, pois sabe que mais importante do que a vitória é a certeza de ter lutado até o fim.

Duda Lima
Enviado por Duda Lima em 09/03/2007
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