O Natal é melhor que Jesus
Um pequeno grupo, três pessoas, deixou sua terra no oriente, e guiado por uma profecia e um sinal, rumou para Israel, levando algumas dádivas e corações humildes. Chegaram a Jerusalém, que, envolta nos problemas de uma cidade grande, embora perto de Belém, estava alheia ao que acontecia.
Mesmo vivendo nela, os guardiões das Escrituras, foi no extremo oriente, entre um povo estranho, que a profecia messiânica ecoou. É fato que a cidade se alarmou quando os sábios inquiriram pelo recém-nascido; Alarmados, mas, descrentes; pois, apontaram para Belém como o berço profético do Rei, e não se deram ao trabalho de ir até lá.
Algum tempo mais tarde, uma comitiva real foi enviada a Belém. Um pelotão de soldados com ordem de matar todas as crianças de até dois anos de idade, da região. Sim, fazia dois anos que a estrela aparecera nos céus, e Jerusalém ainda dormia.
O que quero enfatizar aqui, é que se o amor vai a Belém, o ódio vai também. O amor pode viajar longe; guiado por uma promessa e sinais, inquire e vai; O ódio é caroneiro, após os rastros do amor, Incomodado com as virtudes daquele, imita, ou destrói…
O amor é luz, o ódio pode cobrir-se de luzes; o amor recebe humilde às dádivas de Deus; o ódio usurpa, dissimula, ocupando o lugar do Pai; O amor vai ao Rei ainda menino, o ódio constrói um boneco, para ocultar o rei dos corações dos meninos.
O amor diz: “felizes os humildes”, o disfarçado é abrangente, e diz; Feliz Natal aos arrogantes; O amor fala: “Felizes os mansos”, aqueloutro, diz feliz Natal aos violentos. O amor segue: “Felizes os pacificadores”, o ódio diz; Feliz Natal aos que fomentam a guerra. O amor ensina: “Felizes os limpos de coração” o ódio diz feliz natal aos adúlteros e impuros. O Amor é; a inveja imita, para ocupar o lugar dele.
O evento que é a encarnação do Filho de Deus, para salvar indignos, foi transformado pelos mesmos, numa festança de comes e bebes, onde pecadores, antes que se porem contritos se esbaldam no pecado.
O Senhor jamais ordenou que se comemorasse seu aniversário; até porque a data é ignorada, mas, mandou anunciar Sua morte, de modo digno, e Seu retorno.
Mas, o “Natal” serve também para isso; oculta aos ensinos do Senhor, pois só lida com “Jesus” inofensivo, menino; ou com o fantoche ridículo com suas roupas da Groenlândia no trópico.
Não dou a mínima se isso me fará um chato do contra, mas dou a vida pela verdade, dane-se a hipocrisia!
A igreja professa atual não passa de uma Jerusalém adormecida, onde guardiões das Escrituras têm informações sobre o Messias, sem disposição para irem até Ele. Deplorável é o fantoche que esconde Jesus e sua mensagem; pois, serve até de fetiche aos frequentadores de bordéis, e as prostitutas o imitam, tal a “santidade” que sua figura bizarra transpira.
Deplorável é esse mercantilismo oco, que nada visa, senão, enriquecer ainda mais, a pretexto de celebrar o Natal.
Quanto aos sinceros, esses, o são o ano todo. Não precisam agendar uma data para amar; faz parte de seu ser. Consideram mais a morte que o nascimento de Jesus, pois nela reside sua vitória.
Essa minoria passa, despercebida, entre a “Jerusalém” atual. Não se opõem só pra contrariar, Contrariam, porque se opõem. Do seu jeito, claro, também vão a Belém; vão porque “Vêm” a Estrela no tempo certo, vão no Espírito certo, e não cumprindo ordens de Herodes…
Afinal, se o Natal deveras servisse para alguma coisa, deveria ser para meditarmos na profundidade do amor, e a seriedade da justiça de Deus, não para panetones churrascos, bebedices e glutonarias etc.
O fato é que o Natal permite que o adúltero escreva “Feliz Natal” num belo cartão e envie para a amante; Jesus chama a crucificar os desejos impuros, de modo que não podemos negar, o Natal é “muito melhor” que o Senhor Jesus.