DEPOIS DO TERREMOTO

Nunca é fácil passar por terremotos relacionais. Há situações na vida, em que o chão abre-se debaixo dos seus pés, as paredes que lhe protegiam caem por terra e o teto que o amparava, desaparece num piscar de olhos. E lá está você, em meios aos escombros emocionais. Tenta desesperado, ver se sobrou algum sentimento bom, sem ser atingido. Busca vã. Pasmo e perplexo sai juntando cacos, sobras e restos de emoções. A poeira da desolação mistura-se às lágrimas do sofrimento. O mundo caiu. Então, se vê no labirinto das interrogações: Como reconstruir a vida? Como voltar ao normal? Por onde começar? O que vai ser de mim? O que as pessoas estão pensando? E Deus? Onde o Senhor está, agora? Entretanto, o problema não está no abalo sísmico das adversidades e, sim, em onde estará fixado, agora, o seu coração. Foi passando por um terremoto relacional que o salmista entrou no labirinto da interrogação, como você, mas, conseguiu sair dele vitorioso, apontado a saída: “Levantarei os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O Senhor guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre” (Salmos 121:1-8). Os seus escombros podem ser tão grandes que viraram montes, porém, Deus habita acima deles. Portanto, ao olhar para a montanha de problemas, erga mais um pouco os olhos. De lá virá o socorro para a sua vida, o poder e a força para o seu recomeçar.