Confuso
Hoje não irei falar de corações alheios partidos, de tombos das minhas amigas ou mancadas engraçadas de diferentes otários por as terem deixado partir. Tô aqui pra falar um pouco de mim, pra cobrar da minha mente, o que realmente deveria interessar. Que pessoa meu Deus, decora datas com tanta facilidade? Que pessoa no mundo, sabe os defeitos mais ocultos e as qualidades mais íntimas dos homens que já passaram por sua vida? Que pessoa na face da Terra, sabe exatamente o que dizer a todos, mas quando se trata de si própria, simplesmente ignora e sofre? Sim, essa pessoa sou eu. Cheia de manias inquebráveis, costumes esquisitos e uma puta falta de amor próprio às vezes. Sou a pessoa que faz o tipo durona na frente de todos e que realmente sou. Esse negócio de esperar a noite chegar pra poder derramar lágrimas não é pra mim! Chorar gera dor de cabeça e dor de cabeça gera insônia. Não é porque eu não gosto de dormir que eu tenha que ficar acordada a noite inteira. Poxa, sou um ser humano e meu corpo precisa de descanso! Chorar por tão pouco? Não, definitivamente nada me abala a esse ponto. Sou a pessoa mais egoísta e ao mesmo tempo mais humilde que conheço! Desejo o bem de todos, com um sorriso verdadeiro de canto a canto do rosto, até mesmo para aqueles que “mereceriam” segundo as outras pessoas, o meu desamparo e desprezo. Chego a ser humana demais às vezes. Não ignoro os que me rodeiam, ajudo quem precisar e ponho a mão no fogo por mim mesma. É aí que eu sou egoísta. Apesar do amor próprio ser pouco e raro, quando surge, é com uma intensidade que me deixa com o nariz erguido por um tempo. Depois que o êxtase passa, desmorono em mim mesma e lamento por horas o que fui capaz de fazer. Mas, penso depois de tudo e observo que não fiz nada demais. Pensar no mal de uns, desejar muito o bem de outros e ignorar o ódio é tão ruim assim? Acho que não! E meu gosto musical? Ah, é nisso que sou mais descriminada! Ora bolas, porque as pessoas ainda insistem que o rock é coisa do demônio? Do demo são aqueles que julgam sem ter ideia do que o rock é, do que ele trata, de suas belíssimas letras e melodias. Pura e verdadeiramente falta de respeito com os ouvidos, a mente e coração são aqueles estilos musicais adorados pelas grandes e temerosas massas de alienados. Com um pouco de respeito e sem receio, são um bando de bocós, como diz o personagem de um desenho animado da TV. Roupa define caráter? Bom, algumas pessoas dizem que sim. E então, qual seria o meu? Provavelmente o tipo que faz loucuras de segunda à sexta e preguiçosa nos fins de semana. A rebelde sem causas, a ovelha negra da família, a gótica do grupo de amigos isolados do ensino médio, a esquisitinha nerd da penúltima sala do terceiro ano daquela escola onde só entra gente esperta. Ainda bem que roupa não define caráter e que eu não tenho a mente desses que pensam o contrário! Já tentei me pôr no lugar de muitos para analisar se eu estava de algum modo, “agredindo” os olhos alheios com minhas roupas. Por favor, não me deixem mais fazer isso, eu sou linda demais para ter tanta gente me olhando e desejando ter um estilo como o meu. Ok, parei de tentar ser engraçada, sei que soou equivocadamente. Sapatos all-star e botinas em couro? Sim, pra mim, combinam com qualquer roupa, a qualquer hora em qualquer lugar. Se bem que andar descalça é bem mais confortável. Sentimentos exacerbados. Exageradamente sorridente e surpreendentemente feliz em qualquer situação que venha e que vem a acontecer. Lógica não é comigo, afastem-a de mim. Mas, adoro as exatas e me dou super bem com a História e com as palavras escritas. Confidente, amiga, irmã e até mãe de uns sem juízo que conheço por aqui e por ali. Abandono fácil uma ideia quando percebo que a mesma não me trará experiências de bem e sou perfeitamente idiota para acabar um texto como esse, dizendo que me descrevi demais e não falei absolutamente nada do queria desabafar sobre mim.