CONVIVER COM A CRÍTICA

08/11/2012, 07h31min - Simone Lobo http://www.recantodasletras.com.br/autores/simoneromero

Que feio poeta... Não se corrige um colega abertamente. O certo é fazê-lo em off. Esta é uma atitude arrogante. Tenha um bom e reflexivo dia.

– Para o texto de Joaquim Moncks A PONTUAÇÃO IMPLÍCITA (T3974858)

http://www.recantodasletras.com.br/tutoriais/3974858

Simone, confreira de Letras! Atuo neste RL (que é um site para escritores de todos os níveis) há sete anos e meio, sempre com ótima aceitação dos colegas que tiveram os seus textos analisados. Dedico-me à análise literária faz uns seis anos, tendo mais de 400 (quatrocentos) ensaios e tutoriais sobre textos de poetas e prosadores, com destino à publicação de livro específico. Nunca mereci a atenção de uma objeção escrita do teor da que ora recebo. Em regra, são agradecimentos pelo meu trabalho porque – creio – o eventual autor se apercebe que o estudo é elaborado na intenção de auxiliá-lo. E, dos mesmos, provêm somente agradecimentos. Em vez de objeções deletérias, ao contrário, é cada vez maior o número de colegas que pedem estudos em cima de seus textos, imagino que buscando aprimoramento intelectual e estético. E possuo milhares de amigos aqui no Recanto das Letras, o que me lisonja e me estimula. Observo, através das informações constantes na tua página do “Perfil” – com base no teu número de textos publicados neste Recanto – que és iniciante na arte da Palavra, daí que compreendo perfeitamente a inocência e primariedade de teu comentário. Se realmente quiseres melhorar a tua obra noviça, terás que conviver com a crítica. Aliás, tenho vários textos no RL em que me debruço sobre a obra de novos e novatos. E estão à tua disposição na minha página, na categoria ENSAIOS. Além do mais, por ser discípulo de Hans Hegel, na filosofia – vértice orientador espiritual teleológico – tenho ponto de vista formado no tempo, que só se cresce através da provocação antitética, objetivando uma nova tese. Sim, sou um provocador, um instigador ao pensar, e este proceder está presente em mim em tudo. Com o decorrer do tempo, aprenderás que o "tapinha nas costas" – que é a antítese à crítica – nunca permitirá a reflexão, e leva somente ao egocentrismo egoístico. Em Poesia, o que buscamos é a CONFRATERNIDADE pela fantasiosa recriação do mundo real. Sei que pensarás sobre o que estou a expor, com a minha costumeira humildade e singeleza intelectual. Percebo que, pela tua pouca experiência, estás na fase do criador poético que se basta em sua arte. Cler Ruwer, a autora do texto original analisado, é minha amiga antiga desde o Orkut, há uns três anos, e sempre me estimula a criticar os seus textos, somente porque quer crescer. Para nossa alegria, o texto da Cler já dá mostras de seu crescimento autoral em Poesia. Grato pelo teu comentário crítico e discordante. O que seria do verde se todos gostassem do amarelo?

– Do livro OFICINA DO VERSO, vol. 02, 2012/16.

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