Sua imagem como produto
Falam tanto de "bulling" pelas esquinas da vida, que virou moda. Como se fosse possível resolver questões muito mais complexas, enraizadas dentro de um sistema de desvalorização de imagem do outro, através de uma simples denominação, um rótulo e assim, um enquadramento para a punição de quem pratica o bulling.
Mas infelizmente não percebo preocupações com reflexões com que cada um faz de sua própria vida e como se relaciona com as pessoas mais próximas ou mesmo mais "distantes".
Um exemplo em massa e não é considerado "bulling" é a forma de tratamento dos homens para com a imagem das mulheres. Enquanto houver um ínfimo resquício de machismo, não faltará em nenhum lugar do mundo, fotos de mulheres nuas ao lado de produtos, induzindo os "videntes" a enxergar a mulher como subproduto.
Uma pessoa pode ou não ser bonita, sedutora, desejável, perante os olhos alheios, mas num mundo deteriorado de valorização dos seres humanos, deveria-se ao menos começar a mudar o modo de percepção de um para com o outro, não endeusando rótulos, diminuindo a imagem de uma pessoa que é um ser vivo "complexo" e não apenas um ser gordo, magro, pobre, rico, feio, bonito, homem, mulher, mas por uma questão de igualdade como potencial humano, alguém que deve ser respeitado, como real pessoa e não subproduto.