O PREÇO DA POSIÇÃO CRÍTICA

“Não sou "expert" neste ramo artístico, o da poesia. No entanto, como leigo, acredito que "dar a cara a tapa", pode ser um gesto um tanto temerário. Em toda história das artes em geral, os que agora são considerados grandes artistas receberam mais críticas que elogios, tanto na literatura quanto na música erudita. Acredito que os grandes artistas escrevem ou compõem para gerações futuras, por serem pessoas mais evoluídas, avançadas no tempo. Somente as gerações futuras conseguirão entender a genialidade de um verdadeiro artista, no meu modesto ponto de vista. Assim, quem escreve deve ser aberto á críticas apenas de pessoas que estejam num patamar mais elevado. Nós mortais ( meu caso), poderíamos não entender e fazer crítica não construtivas a uma obra que futuramente seria considerada genial.”

– Ubiratan Collar, via Facebook, em 22/10/12, ás 18h55min.

Querido e antigo amigo! As ações sempre têm preço, ao juízo crítico dos contemporâneos e da posteridade. Algumas, se equivocadas, pagarão o preço do entendimento diverso, no entanto, o exercício da intelecção se impõe necessário. Lembras de Galileu Galilei e Newton? Mesmo em arte poética, o analista crítico deve cumprir o seu papel, instaurando a discussão sobre forma, formato e conteúdo, sem se importar com o futuro. O poema "NO MEIO DO CAMINHO", de Drummond, publicado na Revista Antropofagia em 1928, consolidando o Modernismo, segundo o livro 'PEDRA ENGASTADA NO TEMPO, editado em 1978 no RS, autoria de Sérgio Ribeiro Rosa (à época crítico literário em alta voga), portanto cinquenta anos depois de vir à lume o famigerado "poema da pedra", registra 25% de críticas desfavoráveis à peça poética, sendo que os restantes 75% eram favoráveis, assentados, principalmente na ousadia de fazer os versos da obra com uma codificação que até hoje intriga os leitores. O poeta cumpre a sua parte, e o analista, a sua... Obrigado pela tua contribuição ao tema.

– Joaquim Moncks, via Face, 22/10/2012, 19h06min.

“Entendo meu amigo, como eu disse, “Não sou "expert" no assunto. tenho uma visão mais superficial sobre o mesmo. Me entremeti como leigo, mas foi válido, pois do diálogo restou uma lição. Inertes não aprendemos nada e este veículo possibilita a troca de idéias com pessoas que sempre acrescentam em nossa bagagem. Abração...”

– Ubiratan Collar, via Face, em 22/10/12, ás 19h13min.

Obrigado, mais uma vez, meu estimado amigo Bira. Da discussão sempre “faz-se a luz”, já diziam os antigos... Participa sempre que puderes e quiseres, tens muito a dar a todos nós. Abraços do JM.

– Joaquim Moncks, pelo Face, 22/10/2012, 19h31min.

– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012,

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/3947250