AO MEU FILHO ÁLVARO
AO MEU FILHO ÁLVARO
(15/outubro/2012)
Não sei quando morrer! Quem dera... Deus,
Viesse acrescentar aos dias meus,
Mais dias, prolongando minha vida!
Fizesse bem longínqua a despedida
Deixando que eu possa perceber,
Não mais ser infantil, te ver crescer,
Ser um adolescente, ser adulto,
O teu enlace me mostrar o fruto
Do germinar até o florescer!
Não sei quando morrer! Mas Deus o sabe,
Deus também ver que já em mim nem cabe
O meu desejo que cresce contigo,
Não só teu pai, também sou teu amigo,
E essas qualidades me consomem
Quero abraçar-te, adulto, já um homem,
Não só meu filho, mas marido, também pai,
E saibas! Que o desejo não se esvai:
A minha herança, de amor, quero que tomem.
(Carlos Celso Uchôa Cavalcante)