O TURCO DA PRESTAÇÃO!
No tempo de eu criança, que faz tempo pra caramba, é evidente que as coisas eram diferentes. Melhores dirão os saudosistas de plantão, ao que lhes responderei; nem tanto! As coisas sempre são como o são à época em que ocorrem e refletem a realidade daquele exato momento.
Não me esqueço, e sei que os meus então contemporâneos haverão de se lembrar, daquele homem que batia ao portão (lá em casa não tinha nem energia elétrica, que dirá campainha rs!) trazendo às costas produtos de cama e mesa, predominantemente cobertores, um peso bem maior do que o seu próprio, que eram vendidos em parcelas, que a gente na época chamava mesmo era de prestação.
Praticava ele a técnica de venda da “empurrologia”, insistia para que se ficasse com a mercadoria, literalmente a largava na casa e ia embora sem receber um tostão. Quando voltava no mínimo uma semana ou até um mês depois as pessoas em sua maioria, já haviam se convencido de que precisavam mesmo daquele produto.
Não me esqueço, e sei que os meus então contemporâneos haverão de se lembrar, daquele homem que batia ao portão (lá em casa não tinha nem energia elétrica, que dirá campainha rs!) trazendo às costas produtos de cama e mesa, predominantemente cobertores, um peso bem maior do que o seu próprio, que eram vendidos em parcelas, que a gente na época chamava mesmo era de prestação.
Praticava ele a técnica de venda da “empurrologia”, insistia para que se ficasse com a mercadoria, literalmente a largava na casa e ia embora sem receber um tostão. Quando voltava no mínimo uma semana ou até um mês depois as pessoas em sua maioria, já haviam se convencido de que precisavam mesmo daquele produto.
Essa figura passou a ser conhecida como “o turco da prestação!” e na verdade nem se sabia se ele era, sírio, judeu, ou turco mesmo, pra gente era tudo a mesma coisa. E todos eles haviam deixado a sua santa terrinha fugindo de uma guerra.
Hoje não existe mais o turco da prestação,(existem mascateando por ai uns coreanos, uns cearenses, etc) mas infelizmente lá pras bandas do desorientado oriente as desavenças entre eles continuam.
As coisas sempre são como são!!
AC de Paula
poeta e compositor