nana caperuccita!
Ao longo deste ano na Internet, tenho percebido certa curiosidade relacionada ao meu pseudônimo: “nana caperuccita”.
Possivelmente esteja chegando o momento para escrever sobre o mesmo.
Nos meados de 1984, terminava eu a Faculdade de Educação Religiosa num Seminário de Educadoras Cristãs. Candidatei-me para ir trabalhar em algum país latino americano como missionária.
Então necessitei aprender espanhol. Na gramática que me ofereceram para estudar havia uma poesia do grande poeta Francisco Villaespesa chamada: “La caperuccita Roja!”
Decorei-a como parte de meu aprendizado da língua espanhola. Foi muito importante e útil, pois, trabalhei ni Uruguai por dois anos sem muitas dificuldades com a língua depois do contato com a gramática de Villaespesa.
Identifiquei-me com a ingenuidade da caperucita obediente e singela que levava doces para sua “abuelita” -avózinha-, quando ao atravessar a mata densa, em sua ingenuidade conversou com o lobo mau, e por pouco não viu-se tornando seu jantar.
De certa forma, fui um pouco caperucita.
Ao atravessar a mata densa da adolescencia conversei com um lobo mal, tornando-me o jantar de um político perverso que fingiu ser meu namorado aos quinze anos de idade.
Aproveitando-se de minha absurda ingenuidade de menina da roça, estuprou-me em plena ditadura militar.
Eu, sequer soube defender-me, seja pela lei ou pela pancada, tal era minha ingenuidade.
O “nana” originou-se num “apodo” -apelido-, que me deram na Faculdade: nana, devido meu nome: N.N.N.
Reuni as duas identificações, o que resultou em “nana caperuccita” .
O uso dos dois cc's, é um diferencial entre ambas as personagens.
A exemplo de milhares de caperucitas pelo mundo, escapei e fugi do lobo carregando em minha alma a dor e o medo.
Mal sabia eu que encontraria outro lobo mal aos trinta e cinco anos.
Até que o tremendo caçador JESUS, - o leão da tribo de Judá-, amarrou o lobo espiritual, arrancando-me de garras dos lobos humanos,, oferecendo-me a salvação e restauração completa de corpo e alma.
Tem me capacitado para hoje escrever das maravilhas que ele me fez e faz.
Conservando a responsabilidade de estar sempre atenta ao que sua Palavra afirma:
“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar;
Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo.
E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá. A ele seja a glória e o poderio para todo o sempre.
Amém”. 1 Pedro 5:8-11.
Abaixo segue a poesia inspiradora para meu apodo:
Autor espanhol: Francisco Villaespesa
"Caperucita, la más pequeña
De mis amigas, ¿en dónde estás?
-Al viejo bosque se fué por leña,
Por leña seca para amasar.
-Caperucita, di, ¿no ha venido?
¿Cómo tan tarde no regresó?
-Tras ella todos al bosque han ido,
Pero ninguno se la encontró.
-Decidme, niño, ¿qué es lo que pasa?
¿Qué mala nueva llegó a tu casa?,
¿Por qué esos llantos?, ¿por qué esos gritos?
¿Caperucita no regresó?
-Sólo trajeron sus zapatitos,
¡Dicen que un lobo se la comió"!
Fin
Todas las obras originales de Francisco Villaespesa o Poeta Español, se encuentran en dominio público, pues sus derechos de autor han expirado. Esto es aplicable en los Estados Unidos y en los demás países donde el derecho de autor se extiende hasta 70 años tras la muerte del autor.
Las traducciones de sus obras pueden no estar en dominio público.