A UM AMIGO QUE ME COMPAROU A CAMÕES
(Após ler o verso “ Havendo que morrer, que seja devagar”
Disse… por mim, morreria depressa!)
Não, não morra depressa
Seja assaz comedido
Sua vida atravessa
Um ideal mais crescido.
Passe com calma a ponte
E não perca a razão
Beba a água da fonte
Que sai do coração.
Aqui, se isto é soneto,
Tem pouco de Camões
Sinto-me mais discreto
E com menos galões.
Camões, um só apenas,
Vamos todos convir
Com letras tão pequenas
Só nos resta sorrir …
Está farto de nevoeiro?
E o luso cidadão?
Não queira ser caseiro
Antes, Dom Sebastião!
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA