O BOM-BOCADO DA INFÂNCIA

“...é nesse poeta que busco inspiração para meus textos...

Um grande abraço ao amigo JM.”

– Décio Ferreira da Silva, de Osório/RS, via Facebook, em 13/09/2012, 14h43min.

Fico tão contente em serem os meus pobres textos os possíveis desencadeadores de tua inspiração... Sei que eles são "cutucadores" dos neurônios de alguns irmãos poetas, e eu – como portador e habitat dos meus alter egos que os criam – fico corujando os efeitos de suas diabruras. Os textos saem assim: um dardo ou seta sem destino certo, mas contém o visgo do bem e da vontade de ser útil ao pensamento dos que gostam de fazer incertas e variegadas reflexões. Os clássicos e castiços diriam – foste atingido por um acicate! Dizem que um bom texto tem que grudar na cuca do receptor e ajudar, acaso possível, na resolução de questões no mundo finito das realidades. Mas, em verdade, o bem que com ele retorna provém do dardo da CONFRATERNIDADE, e é infinito. E esse sentir me faz muito feliz. Traz a felicidade envolta num bom-bocado de amêndoas pisadas e leite de coco. Adoça a minha boca com o gosto bom da ingenuidade da infância, que a tudo se permite, inclusive ao sorriso fácil ante o futuro...

– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012.