Instinto de conservação
Todos os seres vivos são dotados do instinto de conservação, qualquer que seja seu nível de inteligência. Assim como o homem, também um inseto, um réptil ou uma ave, o possui. Nos menos evoluídos são mecânicos, no homem, também o é racional. Na Natureza todos os seres progridem, são obrigados a se aperfeiçoarem, mas para isso é necessária a vida. Por isso, são dotados do instinto de conservação. Deus dá aos homens a necessidade de viver, e para isso lhe fornece os meios. Faz a terra produzir de maneira a fornecer o necessário para todos os seus habitantes. Quando isto não acontece é por negligência do homem.
Muitas vezes o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário. No deserto o homem acha meios de sobreviver, porque não cria necessidades fictícias. O homem costuma culpar a Natureza quando chega o tempo de escassez, no entanto, não é a Natureza a imprevidente, mas sim o homem que não sabe regular-se.
Aumentando a população, a civilização multiplica as necessidades, todavia, também multiplica as fontes de trabalho e os meios de aumentar a produção. Cabe ao homem, através da ciência, não fazer cessar esforços no sentido de conseguir melhoria de vida. Estas palavras de Jesus – buscai e achareis -, não quer dizer que seja suficiente olhar para a terra, para se encontrar o que se deseja. Essa procura precisa ser com ardor e perseverança e não displicência , sem se deixar desanimar pelos obstáculos, que geralmente são meios de colocar à prova a nossa constância e nossa paciência, indispensáveis para nosso crescimento.