ESCREVER...ESCREVER...
Escrever...Escrever...tentar descrever em palavras dedilhadas o que eu sinto, o que eu penso, o que eu sonho, o que eu devaneio, divago...
Escrever...Escrever...o mundo que habita dentro de mim, e está aprisionado; escrevendo dou a chance dele eclodir, voar, ser livre...igual a um pássaro liberto da sua gaiola!
Um amigo, uma certa vez, me disse que eu tinha compulsão de escrever...será?
E se tenho essa compulsão, será que não é a misericórdia do Senhor, agindo e me agraciado com esse dom inato, de amar escrever...pra eu meditar, escrever, me libertar?
Quantos anos, escrevendo...escrevendo...da menininha que ganhou o seu primeiro diário, com cadeado, que escrevia tão timidamente, com receio, que meu diário fosse lido, violado; até a mulher madura, que não tem mais timidez, nem mais medo de escrever, me expor, me revelar!
Sei que enquanto escrever, me mantenho viva, lúcida, e cheia de amor pra expandir, compartilhar!
Desejo que a garrafa lançada ao mar, com as mensagens que tanto quero que sejam lidas, possam alcançar uma alma solitária, sofrida, que não dorme, em busca de alguém, que entenda suas aflições, e também seja solidária as suas dores, e passe a noite sombria com ela!
Se isso ocorrer, pelo menos, uma vez, já terá valido a pena, mais de quarenta anos...escrevendo, escrevendo...
Deixando a marca minha, em ti, meu ilustre, amado desconhecido, minha ilustre, amada desconhecida!