O TODO VAZIO
Uma cena comum no decorrer da vida:
Uma plantinha pequenina, frágil, quase insignificante ao olhar humano, "teima" em nascer em meio ao gramado, no jardim, no pedregulho, na estrada...
Decidimos que ali não é o seu lugar e pelas nossas mãos é arrancada.
APÓS alguns dias...
Está lá a plantinha novamente crescidinha....
Arrancamos de novo e até "xingamos" a coitadinha...
Mas, ela é insistente, e parece querer estar lá, pois está sempre à brotar.
Para nós, é um gesto normal e corriqueiro...
Mas, sempre há uma lição à aprender:
Por que será que gostamos de ver no nosso gramado, só a grama?
No pedregulho, a pedra só?
No jardim, somente as flores?
E na terra, só o pó?
Podamos ou arrancamos uma simples plantinha por ter escolhido nascer num lugar que achamos não conveniente porque parece-nos que irá interferir ou influenciar na beleza do nosso ambiente.
É o hábito, a atitude, a "mania" que temos consciente de enxergarmos e decidirmos sobre o TODO, mas que interiormente revela o VAZIO que não conseguimos preencher em nós... é melhor estar só?
Tememos que a plantinha insistente em viver e ocupar o seu espaço natural venha à querer participar do nosso EU particular...
E não há lugar.
Continuamos cuidando e nos preocupando para que a plantinha inofensiva não se "alastre".
Enquanto isso...
Outras plantas vão se acomodando e crescem despercebidamente, infiltrando suas raízes no solo profundo, enfraquecendo a grama ou as flores... vão causar um desastre!
Rosas de Rose