O TODO VAZIO

Uma cena comum no decorrer da vida:

Uma plantinha pequenina, frágil, quase insignificante ao olhar humano, "teima" em nascer em meio ao gramado, no jardim, no pedregulho, na estrada...

Decidimos que ali não é o seu lugar e pelas nossas mãos é arrancada.

APÓS alguns dias...

Está lá a plantinha novamente crescidinha....

Arrancamos de novo e até "xingamos" a coitadinha...

Mas, ela é insistente, e parece querer estar lá, pois está sempre à brotar.

Para nós, é um gesto normal e corriqueiro...

Mas, sempre há uma lição à aprender:

Por que será que gostamos de ver no nosso gramado, só a grama?

No pedregulho, a pedra só?

No jardim, somente as flores?

E na terra, só o pó?

Podamos ou arrancamos uma simples plantinha por ter escolhido nascer num lugar que achamos não conveniente porque parece-nos que irá interferir ou influenciar na beleza do nosso ambiente.

É o hábito, a atitude, a "mania" que temos consciente de enxergarmos e decidirmos sobre o TODO, mas que interiormente revela o VAZIO que não conseguimos preencher em nós... é melhor estar só?

Tememos que a plantinha insistente em viver e ocupar o seu espaço natural venha à querer participar do nosso EU particular...

E não há lugar.

Continuamos cuidando e nos preocupando para que a plantinha inofensiva não se "alastre".

Enquanto isso...

Outras plantas vão se acomodando e crescem despercebidamente, infiltrando suas raízes no solo profundo, enfraquecendo a grama ou as flores... vão causar um desastre!

Rosas de Rose

Rosas de Rose
Enviado por Rosas de Rose em 31/08/2012
Reeditado em 29/04/2015
Código do texto: T3859048
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