Alma obsediada
Injustamente foi condenada...
Réu nas hostes triviais escarnecedoras...
Imputaram-lhe o direito de Ser...
Podaram-lhe os brotos da esperança...
Cortaram-lhe os ramos socorrentes...
Secaram a sua fonte extasiante...
Negligenciaram a sua auto defesa...
Colocaram-lhe as cartas sobre a mesa.
E como alma indefesa fez o jogo que não era o seu...
Exausta e descrente, deu-se por vencida...
Pois o relógio do final fatal imputou-lhe os sentidos...
Prendeu-lhe a respiração... cegou-lhe a razão...
Partiu o coração... enuveceu a emoção...
E lançou-se no precipício da ilusão.
Carregando consigo a plumagem espiritual...
Que não se destrói e nem se finda...
Poderá sentir-se livre pela decisão de um fim à sua vida ter dado...
Mas instantes seguintes ser novamente condenado...
Pela cena decrépida do seu corpo imolado.
Verá a sua tumba e o escrito que diz: "Aqui jáz uma alma infeliz".
Pedirá alento aos que o incentivaram a tão fatal destino...
Não lhe podem, certamente, ajudar...
Desesperado, a sua vida novamente reenvindicará...
De um lado aparecerá o cristo cruscificado...
Em seu lugar já condenado...
E do outro lado a energia da enganação, da prisão, da usurpação.
Rogarão os anjos nos templos celestiais:"Junte-se a nós" em uma única voz... SE ouvir o amoroso apelo, receberá em sua alma, o selo...
Quebram-se os grilhões da imposição e escravidão, reina a paz!
ÉS Filho de Deus, livre dos tribunais!
SempreRose&Angel - 22.08.2012
Rose Besen Scheffer