AS TRÊS PENEIRAS
Olavo foi transferido de Depto.
Logo no primeiro dia, para fazer média com o chefe, saiu-se com essa:
_Chefe, o senhor nem imagina o que contaram a respeito do Silva !
_Disseram que ele ...
Nem chegou a terminar a frase, o chefe aparteou:
_Espere um pouco, Olavo ... O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras ?
_Peneiras ? Que peneiras chefe ?
_A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que este fato é absolutamente verdadeiro ?
_Não, não tenho. Como posso saber ? O que sei é que me contaram. Mas eu acho que...
E, novamente, Olavo foi interrompido pelo chefe:
_Então sua história já vazou a primeira peneira; vamos então para a segunda, que é a BONDADE.
_O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?
_Claro que não. Deus me livre, chefe - diz Olavo assustado.
_Então, continuou o chefe, sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE.
_Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante ?
_Não chefe. Passando pelo crivo dessa peneira, vi que não sobrou nada do que eu iria contar... falou Olavo, surpreendido.
_Pois é, Olavo. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras ? Disse o chefe sorrindo e continuou... Da próxima vez em que surgir um boato por aí submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:
Pessoas inteligentes falam sobre idéias
Pessoas comuns falam sobre coisas
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.