DO MEU E DO SEU OLHAR

Do meu e do seu olhar

brota um poder indefinito,

misto de força suave ou bruta,

que nos faz fracos ou fortes,

nos leva de sul ao norte,

e de leste a oeste além fronteiras...

Do seu e do meu olhar

olha-se para a frente,

para trás e para os lados,

direito e esquerdo de nós,

mas, se fecharmos os olhos

podemos nos colidir em cheio...

Do meu e do seu olhar

se pode ver ao fundo

a imagem de quem nos olha,

querendo ver a nossa alma,

saber algo dela e entendê-la,

assim como nos entendemos...

Do seu e do meu olhar

brotam lágrimas de ímpeto

de riso e de choro, em tese,

na alegria de se ser alegre

e na tristeza de se ser triste,

e se quer ser meio termo...

Do meu e do seu olhar

se busca o meio termo,

ternômetro quente da alegria,

ternômetro frio da tristeza,

e o tempo morno entre ambas

no decorrer de período crítico...

E é do nosso olhar em riste

que se pode ver perto e longe,

com ou sem óculos e suas lentes,

se se quiser ver, que se veja,

se não se quiser, que não se queira,

isso é o de menos que nada difere...

E é desse mesmo nosso olhar

que muitos cegos, apesar de cegos,

podem ver com os olhos da alma,

e muitos de olhos bons se fingem,

se fazem de cegos para nada verem,

e é por isso que muito por aí se colide...

''HOMENAGEM AO DIA DOS OLHOS''

''30/07/12''

Josea de Paula
Enviado por Josea de Paula em 30/07/2012
Código do texto: T3804205
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