Esquecimento do passado-dois
Em cada nova existência o homem tem mais discernimento, melhor inteligência, maior capacidade para distinguir o bem do mal. Se ele recordasse do pretérito, não teria nenhum mérito nas novas conquistas. Somente quando o Espírito se liberta da carne e entra na sua vida original, é que todo o seu passado se desenrola à sua frente. Se não temos lembranças precisas enquanto encarnados, temos intuições, nossas tendências, reminiscência de atitudes passadas, ou seja, a voz da nossa consciência, que nos adverte que nos propusemos a não cometer as mesmas faltas.
A lembrança do nosso comportamento em vida passada, teria gravíssimos inconvenientes. Poderia em muitos casos nos humilhar bastante, ou exaltar nosso orgulho e, em ambos os casos, prejudicar nossa evolução. Deus nos deu para que possamos melhorar, apenas aquilo que é necessário e suficiente, tirando aquilo que poderia nos prejudicar. Se tivéssemos conhecimento das atitudes que tomamos em vida anterior, teríamos, também, lembrança dos atos alheios e, esse conhecimento, teria gravíssimos efeitos sobre o relacionamento social.
Deus, na Sua sabedoria, não quer que o homem saiba tudo, neste estágio atrasado que nos encontramos. Sem o véu que encobre certas coisas, ficaríamos ofuscados, como aqueles que passam repentinamente, da obscuridade para uma luz forte. Pelo esquecimento do passado, o homem é mais senhor de si.