A população invisível
O homem se considera muito esperto e importante pelos avanços científicos, pela modernidade nas artes, pela sua música, etc. No entanto tudo que aqui se faz é tão mesquinho em comparação com as grandezas do Universo. As coisas que os homens atribuem a maior importância, são consideradas pueris aos olhos dos nossos irmãos bem evoluídos. Eles não acham coisas que o atraiam para vir a este mundo, a não ser em casos em que são chamados em missões para ajudar no progresso da Humanidade. Os Espíritos que se acham em uma situação intermediária de elevação, passam mais frequentemente por aqui, encontrando algo para comparar com a situação que se encontram.
Os Espíritos vulgares, com baixa elevação, são aqueles que permanecem neste solo, constituindo a massa da população invisível entre nós. As idéias que conservam, são muito pouco diferentes de quando permaneciam encarnados. O gosto e as tendências que tinham, quando no envoltório corporal, permanecem as mesmas. Intrometem-se em nossos negócios, nas nossas reuniões, nas nossas diversões, tomando até certo ponto parte ativa, de acordo com o seu caráter. Não podendo satisfazer as suas paixões, gozam ao lado de quem a elas se entregam, e as excitam nas pessoas, através do pensamento. Aqueles que bebem, fumam, jogam, se entregam à sensualidade, nunca estão sozinhos.