Ausência de inteligência nas plantas e nos animais
As plantas não têm consciência da sua existência, porque não pensam, tendo apenas a vida orgânica. Quando podadas elas recebem a impressão física da ação sobre a matéria pois estão vivas, porém, como não tem percepções, e por conseguinte sensações, não sentem dor. As plantas que são atraídas para outras, é simplesmente um movimento mecânico, como não pensam, não podem opor-se a isso. O corpo humano tem movimentos parecidos, que não participam da nossa vontade, como por exemplo as funções digestivas e circulatórias.
Nos animais é que aparece o instinto, a consciência de sua individualidade, e uma certa vontade de agir desta ou daquela maneira. Existe no animal uma espécie de inteligência, entretanto, limitada à satisfação de suas necessidades físicas. Não há entre eles nenhuma criação, nenhum adiantamento. As coisas que faziam antigamente, são as mesmas que fazem hoje, nem melhor, nem pior. Os filhotes separados de sua espécie, não deixam de agir da mesma maneira, nem construir um ninho diferente daquilo que sua espécie faz, sem terem sido ensinados.
Se alguns animais são ensinados a executar certas coisas, elas ficam em estreitos limites, onde a atuação do homem mexe na flexibilidade, todavia não fazem nenhum progresso por si mesmo a partir desse limite. É um aprendizado efêmero, puramente individual, que desaparece quando o animal é abandonado a si próprio. Então, volta aos antigos limites traçados pela natureza.