Sensações dos Espíritos

A alma quando entra no mundo dos Espíritos não perde as percepções que tinha, e ganha outras que não possuía. O corpo de carne funciona como um véu, que obscurece a vida do ser humano. O Espírito tem a inteligência como atributo, mas ela apenas se manifesta livremente, quando não encontra entraves, e a carne só a deixa manifestar-se parcialmente. Os Espíritos acham-se em graus diferentes de evolução, por isso, o conhecimento que possuem é proporcional à sua evolução. Quanto mais se aproximam da perfeição, mais sabem. Os chamados Espíritos puros, que atingiram o topo da evolução, tudo sabem. Ao contrário, os Espíritos quanto menos evoluído, menos sabem. Depois de atingir um determinado grau de pureza, o Espírito vive fora do tempo, da maneira que compreendemos. Para eles a duração do tempo praticamente não existe, um século nosso, para eles passam em instantes, e desaparecem na eternidade.

Para os seres evoluídos, as desigualdades do solo se apagam e desaparecem. Eles enxergam as coisas que não vemos, por isso seus julgamentos são diferentes dos nossos. A visão deles é total, e não limitada dentro de uma pequena frequência, como a nossa. Dependendo do grau de perfeição que o ser humano atingiu, ele vê o futuro como se estivesse acontecendo no presente. Todavia, raramente tem autorização para revelá-lo.

Depois da morte a alma vê e abarca de relance as suas vidas passadas, os lugares por onde esteve, mas não pode ver o que Deus lhe prepara para o futuro, isso só acontece quando atinge um alto grau de evolução. Somente os Espíritos puros, sem nenhuma mancha de imperfeição, podem ver Deus, e compreendê-lo. Os seres imperfeitos apenas sentem a sua soberania. Nós costumamos ter pressentimentos que funcionam como advertências secretas do Criador, que nos alerta para não fazer determinada coisa. Porém, ela não vem direta de Deus, porque para isso era preciso ter merecimento, que só quem é puro tem. Suas ordens são transmitidas através de Espíritos, como nós, porém, mais elevados em perfeição e instrução.

Roberto Valverde
Enviado por Roberto Valverde em 19/06/2012
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