A ESTRELA CADENTE

EGOCENTRISMO E POESIA

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Henricabílio, poetamigo! Fico encantado quando recebo um comentário em que o apreciador detalha o que entendeu do texto e de como se posiciona frente ao mesmo. Não importa se alinhado ou em posição antitética, dentro da concepção dialética hegeliana. Fico ainda mais estimulado quando o interlocutor crítico alarga a proposta original e propõe a sua concepção pessoal, como é o caso de teu comentário anterior. Como crítico ou analista literário, sinto-me útil... E o conteúdo deste qualificativo é sempre o norte de minhas abordagens, esperando que sirva como elemento de reflexão para a concepção do próximo texto do autor-receptor. Obrigado, muito grato pelo prestígio de ter um leitor de tua lucidez. Sempre me acho perguntando se de meus textos similares (sobre tais assuntos) pode sobrevir algum proveito, além das inúmeras leituras que logo se acumulam no contador do site do Recanto das Letras e, por certo, elas sugerem que pode estar sendo de alguma utilidade. Estou premiado e confiante da possibilidade de ser fraterno junto aos meus irmãos poetas. O conhecimento que eventualmente se absorve pela leitura de um texto ou de um denso e sintético poema é sempre como o espetáculo de uma estrela cadente: é tudo muito rápido. O que sobra em nós é essa sensação de que perdemos a oportunidade de olhar o conjunto de céu e terra com mais tempo e, por certo, mais argutos. Todavia, a estrela, mesmo que pouco vista, dela ficou o corisco do rastro – um caminho a seguir com os olhos...

– Do livro QUINTAIS DO MISTÉRIO, 2012.

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