A CADELA DE ESTIMAÇÃO

Que seja “METÁFORA” o nome de tua cachorrinha de estimação e possas conversar com ela só pelo debruçar das orelhas e o fungar discreto dos olores fortes. De qualquer modo, amanhecerei feliz por continuar sendo útil e prestimoso ao espargir perfume no seu lindo pelo. Eu sempre serei em ti a ANTÍTESE, porque é esta que insinua o pensar e incita à descoberta dos caminhos com o menor número possível de inços e pedras. E eis que te vejo – formosa e exuberante – e se estampa aos meus olhos antigos a silhueta da Beleza, o seu rosto mimoso, maquiagem e rímel, escondendo sob as pálpebras a cor dos olhos. E que tudo isso (tão feminino) se ajunte no caldeirão da Palavra...

– Do livro A POESIA SEM SEGREDOS, 2012.

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