Perdi você. Encontrei a mim!
Quando tudo parecia bem, nos perdemos. Os caminhos foram desviados, os planos alterados, os sonhos engavetados. Então caí. E sinceramente achei que fosse chegar ao buraco. Ledo engano. Claro que sofri. Chorei. Me descabelei. Atingi o ponto alto do ciúme, da carência, do sofrimento, das lágrimas em vão, do dissabor da desilusão. Tudo aquilo que até então era motivo para tristeza, modificou-se em uma razão para ser melhor, para aprender com e apreender mais da vida. Novos amigos se aproximaram, os antigos se afastaram. Com eles mais uma parcela do que parecia ser um sonho foi se perdendo no tempo e deu lugar a uma nova era. Era de descobertas, de novos sonhos, de novos planos. Planos solitários. Mas planos à minha vida, ao meu crescimento. Ao meu amadurecimento. A constatação de que tudo o que passei, ninguém jamais poderia passar em meu lugar. O ensinamento de que nada dura para sempre. Muito menos o amor. Muito menos o desamor. No lugar daquelas dolorosas lágrimas, brotou-se um sorriso. O lugar que até então era pra ser de uma única pessoa, ganhou novos moradores. E cada um à seu modo vem para se destacar, para me alegrar. Para preencher os vazios que durante todo o tempo em que ainda não te conhecia teimavam em aumentar. Hoje sinto-me forte, sinto-me vivo, sinto-me renovado. E mais feliz por ter ganho, e a cada dia que chega, conquistado ainda mais o direito de viver e ser feliz. Mesmo quando a felicidade vem na contramão de tudo aquilo que até então acreditávamos ser o principal motivo de sua existência. Existência essa que se aprimora, se completa e se modifica a cada novo ensinamento a nós proporcionados. Feliz? Sou! E muito. Feliz porque vivo. E faço de minha vida a maior razão para seguir adiante.