Como libertar?
Como libertar-te de mim?
Se te fiz prisioneiro do meu querer?
Sentimento profano,
Volúpia contante,
Querer inquietante!..
Seu corpo imagino,
Contornos, volumes...
Tateio a pele suada,
Perfume que enaltece.
Convido porta adentro,
Numa festa de fantasias onde dois seres se fundem tornando um só!
Momento de delírio,
Pensamento desvairado, proibido.
Como esquecer-te, se ao esquecer estou a lembrar?!
Sem conseguir esquecer-te, ao segredo convido-te.
Viver na libertinagem, sem regra, sem pudor, sem cobrança.
Na íntegra não posso ser sua!
Renunciar meu mundo, impraticável.
Somar-te então a mim, sem pleito, sem direito nem eito.
Apenas momentos, desejos, acasos...