GRANDE FINAL!



O fato de nascer, crescer, envelhecer e morrer...
Deveria ser suficiente, para nos dar a visão completa 
e ampla, da exata importância na nossa própria existência.

Entender que, fazemos parte e somente parte do contexto,
não somos o texto, nem mesmo, a fala mais importante da peça 
ou de uma ou outra novela.

Somos um ato, de um grande teatro intitulado (VIDA),
com atores protagonistas, coadjuvantes e figurantes,
todos dirigidos pelo criador e autor (DEUS).

Deveríamos há muito, ter entendido que, para esse autor (DEUS),
nesse magnífico teatro (UNIVERSO), representamos papeis diferenciados,
entretanto, todos, enquanto a peça esteja sendo exibida,
ganhamos incumbências de igual importância, de igual notoriedade,
seja qual for, a escolha do nosso personagem.

Nessa história (VIDA) – Não importa se sejamos, 
um personagem culto, bem afeiçoado, 
muito bem sucedido homem de negócio
ou simplesmente um mendigo, pedinte, 
testando um ou outro personagem, na sua benevolência, 
na sua essência, na sua caridade.

Não importa se sejamos, um minúsculo pássaro escondido
na árvore imensa, pois, com seu canto, seu colorido,
provoca-nos a olhar para cima e poder então,
admirarmos o conjunto, o todo, passaro, arvore, canto, colorido,
deixando-nos ver ainda, por entre os galhos e folhas,
o céu azul, as nuvens e o brilho da luz do sol.

O autor(DEUS), certamente quis dar para aquele momento,
um ar de plenitude, como um simples abajur num canto da sala, 
iluminando, contrastando com a suavidade da penumbra
de algum cenário numa cena romântica.

Muitas vezes, como no teatro, o autor da peça, (DEUS)
para surpreender a todos, delega a um ator coadjuvante, 
às vezes até a um figurante, um que, muitas vezes achamos inexpressivo
em outras até repulsivo, como um minúsculo pássaro ou um mendigo, 
a sua melhor intenção, o seu grande final!
Paulo Cesar Coelho
Enviado por Paulo Cesar Coelho em 02/02/2007
Reeditado em 02/02/2007
Código do texto: T367113
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