VENDAS PERDIDAS

* Nadir Silveira Dias

Insistentemente tenho dito que saite não vende nada! Saite é somente ferramenta de vendas!

Quem vende é o vendedor. E isso porque ainda não inventaram – Nem nunca vão inventar! – um vendedor virtual.

E caso existisse, precisaria ser um vendedor eficiente. Sim, por que muitos existem atualmente absolutamente ineficientes. Muitos nem sabem o que fazem aí aonde atendem. Eles existem aí, não para vender, mas para que as pessoas que cheguem ao ponto de venda, comprem o que foram comprar, se tiverem alguma paciência. Caso tenham pouca ou nenhuma paciência, vão embora e a compra não é feita.

A loja, o estabelecimento comercial, perdeu a venda. Não raro, para um concorrente que saiba ao menos um pouco mais.

Mas voltemos aos saites. Eles ficam cada vez piores na exata medida em que o tempo passa. E falo em piorar funcionalmente. Sim, porque bonitos até muitos vem ficando. E isso pode significar uma melhora. Mas não é. A estética, a funcionalidade visual apenas não faz vendas. O que faz vendas é o conjuntos de operações facilitadas, corretas e seriamente concatenadas. Eu compro pouco pela internet. Mas tento muitas e muitas vezes, sem sucesso. E exatamente por isso, falo com propriedade.

E esses problemas consistem basicamente em informações absurdas do tipo “A administradora do seu cartão não autorizou a compra, sem informar por que”. Em casos tais em que não existe qualquer problema com este ou aquele cartão e todos os dados foram corretamente digitados. E muitas vezes até a própria administradora do cartão faz contato com o titular do cartão para informar sobre as tentativas de compras que, afinal, não se realizam. As operações são confirmadas e, assim mesmo, novas tentativas chegam ao mesmo resultado.

E isso equivale a dizer que o que tais saites têm é alguma desfuncionalidade, ou algumas desfuncionalidades, que não permitem a conclusão da compra. E perdem a venda.

Em outras oportunidades, eu via um produto ofertado nos saites e ia até a loja física para ver e comprar o produto. E a surpresa: A loja não tinha, não tem ainda hoje e nem conhece o produto que a sua empresa vende pela internet.

Perdoem os que pensam o contrário, mas isso é maluquice! Ou suicídio comercial. Ou simplesmente venda não efetuada. Venda perdida! Prejuízo certo!

E para solver estes problemas todos não existe nenhum problema. Trata-se apenas de vontade administrativa: Permitir que o vendedor da loja física possa vender para os clientes físicos que vão ao ponto de venda ver os produtos ofertados pelo saite da loja, do estabelecimento comercial.

Isso me parece um pouco com cabresto ou canga. Parecem querer impor a vontade de que todos comprem pela internet. E se é isso mesmo o que pretendem, deixam de fora uma imensa quantidade de pessoas que sempre comprou e vai continuar comprando onde possa achar o que precisa sem precisar usar a internet que elas não tem e ainda precisariam aprender a usar. E ter insucesso com os tais saites desfuncionais.

Ah! Eu conheço uma loja cujo saite anda muito bem. Mas anda bem essa loja desde o tempo em que vendia através de revistas que enviava para nomes e endereços que obtinha pelos próprios pedidos impressos contidos nas revistas que fazia circular.

Ah! E também sem deixar de mencionar os saites descarados que afirmam que não devolvem o valor pago, caso o produto adquirido não seja recebido ou retirado por questões de impostos cobrados com a remessa. Impostos que não são indicados na compra! O que equivaleria a dizer que você tem que comprar sem saber o quanto deve pagar. Rematado absurdo!

Você vai continuar a perder vendas?

10.05.2012. - 00h29min

* Jurista e Escritor – nadirsdias@yahoo.com.br

Nadir Silveira Dias
Enviado por Nadir Silveira Dias em 10/05/2012
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