Aos 20 anos de idade, no meu primeiro emprego, estava muito nervosa, passei por um teste com leitura, o objetivo era encontrar nomes de empresas e advogados. Encontrei todos eles e fiquei na empresa, comecei tirando cópias, por ser rápida passei para o fax, eram 400 por dia, na primeira semana reclamei ao dono, e fiquei 6 meses na mesma função, após esse tempo ele me perguntou: E aí? Eu respondi: Adoro passar fax! Fui para o faturamento da empresa, em seguida para o setor de licitações, onde fiquei no lugar do irmão do dono da empresa, trabalhava com: leis, decretos e medidas provisórias, eu procurava assuntos no Diário Oficial de acordo com o ramo de atividade da empresa, eram diversos, entre eles: Política, Economia, Alimentação, Saúde, Educação, Arte, Turismo, Transporte, etc. Também fiquei responsável pelo setor de contratação, afinal, o meu trabalho na empresa era referência. Enfim, toquei nesse assunto, já que esse mesmo chefe virou para mim e disse: “Ninguém é insubstituível!” Isso após 5 anos na mesma empresa. O tempo passou e eu decidi sair, aleguei que desejava estudar, fazer uma faculdade, ele questionou, ofereceu aumento e eu recusei e respondi o que estava engasgado na minha garganta por 5 anos. “Ninguém é insubstituível!”. Ele olhou para mim e sorriu! Então fui embora dessa empresa e até hoje essa pessoa quando me encontra, me diz: “Ninguém nunca substituiu você!” Durante todo esse tempo, nunca encontrei outra profissional igual! Ele se tornou um amigo e toda vez que eu o visito, ele me pede para voltar. Às vezes, pessoas nos julgam sem nos conhecer e algumas oportunidades são negadas. Eu aprendi nessa empresa que apesar dos erros, todo ser humano merece e deve ter uma chance, afinal, é no improvável que se revela um grande profissional.