Meu desabafo
Essas palavras me dão uma ânsia. Sinto um enorme desejo de gorfá-las em cima da mesa e separá-las (uma a uma). Aí então começarei a escrever tudo aquilo que meu coração palpitante anseia dizer e que em meus pensamentos fervilha como uma sopa de legumes seletos (de uma receita nada tradicional, mas com ingredientes escolhidos a dedo).
Dá-me Ó Pai dos Burros o teu saber, do A ao Z para que eu possa escrever!
Recita-me toda a tua experiência "dicionária", porquê tudo aquilo que quero dizer está adentrado em ti.
As teorias dominam-me, mesmo sem conhecê-las na totalidade; os anseios - e receios - do que os outros podem pensar daquilo que digo me consomem, ó Pai dos Burros; e nem sempre o nexo casual e padronizado pela crítica literária se adequarão à minha anti-literatura-dura, pois meus versos querem ser livres e "ataxados" de conceitos. E por isso às vezes me é tão difícil escrever...é triste, corrói e aprisiona: acreditem!
Mas também...surgem inspirações (provavelmente Divinais) que obrigam este "ser escritor" a utilizar-se de seu maior ofício: a escrita. E aí, uma "maré alta" de palavras me vêm à cabeça e, como Odisseu ou Ulisses, enfrento Ciclopes, espíritos e monstros colossais destas barreiras da imaginação.
Ao final, já nem sei se o que escrevi é inteligível, mas sei que é praticável (é possível e é válido), pois me liberta desta prisão, ou melhor, destranca todos os cadeados antigos que aprisionavam estas minhas (antes) inseguras palavras.