Tempos Distantes
Meu próximo romance.
Uma saga de um mestiço a favor dos escravos em 1850.
Um roamance que busca a realidade daquela época e nos faz refletir, além de ser recheado de aventuras e amor. Cada página uma surpresa, cada capítulo um desenrolar de acontecimentos, que nos leva a ler mais e mais.
Um pequeno trecho do meu romance.
Alguns meses depois, Carmelita deu a luz a uma menina a qual lhe deu o nome de Vitória. Bob ficou emocionado quando recebeu a noticia. Pouco aparecia na fazenda de Carmelita, mas assim que soube da noticia no nascimento de sua filha, correu para conhecê-la. Quando chegou lá, encontrou Carmelita em seu leito e a criança num berço ao seu lado. Ficou contemplando a criança por alguns minutos e então disse:
- Minha filha. Linda criança que veio encher minha existência de alegrias.
Sim. Ele estava muito feliz por ter ali diante de si a sua continuidade. Anabela não engravidava. Já havia perdido as esperanças de ter um filho com ela. Naquele momento um pensamento lhe veio a mente: “E se Carmelita lhe desse um filho?”
Queria também um filho homem. Olhou para Carmelita e aproximando-se, beijou-lhe a face antes de dizer:
- Quero um varão como irmão de Vitória.
Carmelita encheu seus olhos de lágrimas e um sorriso tomou conta de sua face.
- Sim meu querido. Terá teu filho varão e tantos outros quanto querias.
Bob passou dois dias na casa de Carmelita. Na sua fazenda, Anabela segurava a incerteza do seu futuro ao lado de Bob. Não conseguia ficar grávida e ele agora sabia que Carmelita podia lhe dar tantos filhos quanto ele desejasse.
Ela saiu andando pelo campo sem nem notar para onde estava indo, até que chegou ao riacho. Parou e resolveu sentar-se num troco cheio de lodo a margem do riacho. Estava triste e angustiada. Seu coração estava apertado de tanta angustia. Então orou para poder suportar sua dor.
- Iansã minha mãe. Me aprotege de uma disgraça de num puder ser mãe. Faz meu bucho encher de vida e parir um fio pro meu homi. Num mereço este castigo de ficar vazia sem dá cria.
Quando acabou de orar, viu uma negra bem alta toda vestida de branco, com um turbante igualmente branco na cabeça. Seu vestido muito decotado nos ombros deixava um dos seus seios de fora.
- Donde vosmecê veio? Num é destas bandas pruque conheço todo mundo daqui.
- Num importa de onde sou. Sou do mundo, das plantas e das floretas. Dos rios e dos vales. Das chuvas e dias de sol. Das montanhas e das nuvens, Da lua e das estrelas. Sou da luz que espanta as trevas.
- E Cuma é teu nome?
- De muitos nomis me chamam. Mas meu nomi num se escrevi cum letras. Ele ta escrito no vento qui sopra do leste.
Anabela sentiu um pouco de medo. Aquela mulher falava coisas esquisitas. Olhou pra ela e perguntou:
- Pru mode de que deixa teu peito de fora?
- Pra alimentar de vida e amor quem carece ter de mim a bondade e desejo de ser mãe.
E naquele momento a mulher soprou um vento perfumado de roas sobre Anabela e tudo parecia mudar a sua volta. Não havia riacho e nem arvores, mas somente um leve azul iluminado por uma forte luz. Tudo parecia como um sonho. Nada era objetivo e mudava a cada segundo as imagens a sua volta. A mulher estava agora oferecendo seu seio e Anabela sugou dele uma estranha força. Isso a fez sentir-me mais viva e farta, como se tivesse sido alimentada em um banquete.
Acordou deitada sobre a relva a margem do riacho. Sentia-se bem e com uma estranha sensação em seu corpo. Parecia que tinha sofrido uma transformação, mas ao olhar-se, via que continuava como antes. Então se lembrou da mulher que havia visto. Não a viu mais. Ou será que apenas adormeceu e sonhou? – perguntou-se intrigada.
Então se lembrou do sonho de como havia mamado nos seios daquela misteriosa mulher.
- Purque eu tive de mamar no peito nela? Quem era esta muié qui falava de coisas cheias de esquisitices?
Não teria a resposta agora. Somente daqui a alguns meses depois, é que iria entender o que havia acontecido.
Meu próximo romance.
Uma saga de um mestiço a favor dos escravos em 1850.
Um roamance que busca a realidade daquela época e nos faz refletir, além de ser recheado de aventuras e amor. Cada página uma surpresa, cada capítulo um desenrolar de acontecimentos, que nos leva a ler mais e mais.
Um pequeno trecho do meu romance.
Alguns meses depois, Carmelita deu a luz a uma menina a qual lhe deu o nome de Vitória. Bob ficou emocionado quando recebeu a noticia. Pouco aparecia na fazenda de Carmelita, mas assim que soube da noticia no nascimento de sua filha, correu para conhecê-la. Quando chegou lá, encontrou Carmelita em seu leito e a criança num berço ao seu lado. Ficou contemplando a criança por alguns minutos e então disse:
- Minha filha. Linda criança que veio encher minha existência de alegrias.
Sim. Ele estava muito feliz por ter ali diante de si a sua continuidade. Anabela não engravidava. Já havia perdido as esperanças de ter um filho com ela. Naquele momento um pensamento lhe veio a mente: “E se Carmelita lhe desse um filho?”
Queria também um filho homem. Olhou para Carmelita e aproximando-se, beijou-lhe a face antes de dizer:
- Quero um varão como irmão de Vitória.
Carmelita encheu seus olhos de lágrimas e um sorriso tomou conta de sua face.
- Sim meu querido. Terá teu filho varão e tantos outros quanto querias.
Bob passou dois dias na casa de Carmelita. Na sua fazenda, Anabela segurava a incerteza do seu futuro ao lado de Bob. Não conseguia ficar grávida e ele agora sabia que Carmelita podia lhe dar tantos filhos quanto ele desejasse.
Ela saiu andando pelo campo sem nem notar para onde estava indo, até que chegou ao riacho. Parou e resolveu sentar-se num troco cheio de lodo a margem do riacho. Estava triste e angustiada. Seu coração estava apertado de tanta angustia. Então orou para poder suportar sua dor.
- Iansã minha mãe. Me aprotege de uma disgraça de num puder ser mãe. Faz meu bucho encher de vida e parir um fio pro meu homi. Num mereço este castigo de ficar vazia sem dá cria.
Quando acabou de orar, viu uma negra bem alta toda vestida de branco, com um turbante igualmente branco na cabeça. Seu vestido muito decotado nos ombros deixava um dos seus seios de fora.
- Donde vosmecê veio? Num é destas bandas pruque conheço todo mundo daqui.
- Num importa de onde sou. Sou do mundo, das plantas e das floretas. Dos rios e dos vales. Das chuvas e dias de sol. Das montanhas e das nuvens, Da lua e das estrelas. Sou da luz que espanta as trevas.
- E Cuma é teu nome?
- De muitos nomis me chamam. Mas meu nomi num se escrevi cum letras. Ele ta escrito no vento qui sopra do leste.
Anabela sentiu um pouco de medo. Aquela mulher falava coisas esquisitas. Olhou pra ela e perguntou:
- Pru mode de que deixa teu peito de fora?
- Pra alimentar de vida e amor quem carece ter de mim a bondade e desejo de ser mãe.
E naquele momento a mulher soprou um vento perfumado de roas sobre Anabela e tudo parecia mudar a sua volta. Não havia riacho e nem arvores, mas somente um leve azul iluminado por uma forte luz. Tudo parecia como um sonho. Nada era objetivo e mudava a cada segundo as imagens a sua volta. A mulher estava agora oferecendo seu seio e Anabela sugou dele uma estranha força. Isso a fez sentir-me mais viva e farta, como se tivesse sido alimentada em um banquete.
Acordou deitada sobre a relva a margem do riacho. Sentia-se bem e com uma estranha sensação em seu corpo. Parecia que tinha sofrido uma transformação, mas ao olhar-se, via que continuava como antes. Então se lembrou da mulher que havia visto. Não a viu mais. Ou será que apenas adormeceu e sonhou? – perguntou-se intrigada.
Então se lembrou do sonho de como havia mamado nos seios daquela misteriosa mulher.
- Purque eu tive de mamar no peito nela? Quem era esta muié qui falava de coisas cheias de esquisitices?
Não teria a resposta agora. Somente daqui a alguns meses depois, é que iria entender o que havia acontecido.