A lenta evolução social
Através da ciência o homem se transforma, vê o mundo onde vive de maneira nova, modifica suas relações com o meio ambiente e com seu semelhante. Por outro lado, sendo um homem social, sempre se comporta de maneira política estabelecendo e impondo hierarquia de poderes. O poder tem sido exercido sempre da mesma maneira, ou seja, autoritário, centralizador, subjugando povos inteiros e manipulando as consciências humanas, impondo regras para os costumes.
Assustado diante de sua fragilidade e da força da Natureza que o cerca, o homem criou para si um misticismo do além. Inventou crenças religiosas e tradições com regras disciplinares, para distinguir o certo do errado. Essas crenças em vez de favorecerem a conquista de valores morais, se tornaram sectárias estabelecendo limites rígidos de liberdade, não apenas físicas, mas também psíquicas. Quase todas criaram um sistema de troca de favores com Deus, ignorando o princípio de igualdade entre os homens perante o Criador, estabeleceram um sistema hierárquico entre seus seguidores.
Por isso, ainda hoje, o fanatismo serve de argumento para segregar a mulher nos países muçulmanos e para separar o mesmo povo em dezenas de grupos na Índia ou guerrear e matar na Palestina. O homem ainda vive distante da evolução moral, a única capaz de resolver todos os problemas do ser humano. Enquanto o homem conviver com seu pior inimigo, o egoísmo, que dá origem a todos os outros males, a felicidade ficará distante.