Vou saindo, de mansinho...
Do jardim colorido e deslumbrante...
Que me foi dado para semear, cuidar e regar...
E neste dedicar, as flores vi desabrochar.
Vou contemplando as raízes...
As mais tenras, viçosas e fortes...
As suaves, sensíveis e delicadas...
Todas fecundas e igualmente amadas.
Vou colhendo, das flores do meu jardim...
As lágrimas que derramei e as que enxuguei...
Os sorrisos que alegraram... os abraços que acalentaram...
As palavras que tudo disseram...
O silêncio que dispensou palavras...
As preces que em poema se transformaram...
Nunca se esgotaram.
Vou levando, das flores do meu jardim...
A beleza que me alegrou os olhos...
O perfume que me extasiou a alma...
A pureza que iluminou o meu coração, a doce emoção.
Vou me afastando, quietinha, docemente, amorosamente...
Das flores que me foram dadas...
Das folhinhas viçosas que contemplei cobertas pelo orvalho...
Do botão que surgiu explendoroso, no amanhecer...
De tudo o que foi a minha razão de viver.
Vou indo, mas vou continuar olhando para as flores do meu jardim...
Como um ser protetor...
Como olham os anjos... como Deus vê: Com amor!
SempreRose&Angel - 05.02.2012
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