Pior seria se eu não soubesse ler!
 
          Meu singelo texto “Cântico à poesia” (transcrito abaixo, enfatizando minha homenagem ao Dia Nacional da Poesia, 14 de março) traduz, com o lirismo que me é peculiar, meu prazer e minha intenção de versejar, ainda que sabidamente sem verve e eternamente incipiente, vez que escrevo com a emoção, a qual me energiza e me conduz... A eterna incipiência reside no fato de que – sinto eu – uma alma assim aflorada jamais perderá a doce ingenuidade, a beleza do encanto que emana da mais profunda puerilidade, mesmo que “assentada” na idade de um adulto com inúmeras responsabilidades e percalços nos caminhos trilhados... É, portanto, uma alma sempre criança, dirigindo a tudo e a todos, um constante sorrir.
 
Cântico à poesia

Não deixarei minha pena estagnada
ante a ausência da verve de escrever.
Versejarei, mesmo que em rimas misturadas;
pior seria se eu não soubesse ler!

É minha alma que rege a minha pena,
que me dirige a cantos e encantos,
traçando letras - até mesmo por novenas
- que muitas vezes são simples versos brancos.

Mesmo que sejam meros versos brancos,
ou rimas pobres, internas, ricas, alternadas,
enfim, não deixarei de mostrar, jamais, meu canto,
eis que decanto com a alma apaixonada.

Exalto a poesia, por isso aqui a decantação;
mesmo sem verve, como dito no começo.
Mas toda ela se conduz com a emoção
que me envolve, e sem a qual eu só pereço.


 
Disponível também em (www.aurismarmonteiro.recantodasletras.com.br).
AURISMAR MAZINHO MONTEIRO
Enviado por AURISMAR MAZINHO MONTEIRO em 14/03/2012
Reeditado em 23/08/2021
Código do texto: T3553273
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