DOS COMPROMISSOS

Tenho muito poucas qualidades, entre as quais a de permanecer fiel aos compromissos por amor e/ou por dever de honra, e por dever de gratidão. No dia em que eu perjurar, dentro do meu coração e alma, as juras feitas, é porque já não restou nada de mim nem do que julgo que eu tenha permanecido a ser, a despeito das mudanças espantosas de rumo a que a vida me obrigou.

Meu compromisso, antes de tudo, com a sobrevivência de minha mãe e, por isso e para isso, meu compromisso com a minha própria sobrevivência; meu compromisso com os meus bem-amados amigos; meu compromisso com você, homem, que jamais saberei se me conheceu e conhece, deveras, no que eu realmente fui e sou, também no que eu poderia ter sido, não fôramos nós mesmos... os outros... o mundo... não fora o destino, esse implacável.

No início da madrugada de 28 de fevereiro de 2012.