Viver em intensidade é plenamente possível.
"Nós somos o que fazemos. O que não se faz não existe. Portanto, só existimos nos dias em que fazemos. Nos dias em que não fazemos apenas duramos."
Nossa, lembro-me como se hoje fosse, no dia em que li esta citação do Padre Antônio Vieira pela primeira vez. Foi num livro de poesias de Damário Dacruz, um poeta baiano. Seguramente, a clarividência veio à tona e a sensação de estar lendo algo que realmente me identificava me tomou por completo. Como digo num dos títulos deste blog, dentre os vários que existe, viver em intensidade é plenamente possível e, aí se encaixa a citação de Vieira. Viver é uma dádiva divina e temos de ser constantes e verdadeiros em tudo que fazemos. Obviamente, que o ditado meio clichê existe sim! O que diz: “A vida é feita de momentos felizes, portanto não se é feliz sempre!” Sinceramente, não gosto de citá-lo. Verdade é, mas soa desmotivador e pessimista. O bom mesmo é acreditar, achar que tudo vai dar certo sim, ter fé, otimismo e segurança em si e em Deus! Claro que as quedas virão, mas para os tropeços, reflita em Dostoievsky, que afirmou certa vez: “Temo somente uma coisa: não ser digno do meu tormento”. Pormenorizando, temos de ser merecedores das nossas angústias, ou seja, sabe aqueles dias em que “nem devíamos ter saídos da cama”, dias esses em que tudo dá errado? Pois bem, devemos tornar esses dias dignos para o nosso enriquecimento espiritual, que nossa maneira de encarar os revezes da vida se transforme e, que nos tornemos cada vez mais maduros e cônscios do dom de existir.
Psiu, esses dias também fazem parte do todo! A soma de dias bons e dias maus resulta em nossa existência, portanto vivamos! Amando-nos, respeitando-nos e, agindo –sempre- de cabeça erguida às intempéries dos dias maus. Finalizando, jamais poderia deixar de citar Sêneca, que em seu tratado: Sobre a brevidade da vida, diz: “Muito breve e agitada é a vida daqueles que esquecem o passado, negligenciam o presente e temem o futuro”.
Maurício Lima.