algumas

Nesse post vc encontra:

1- Alguém para chamar de meu

2- Aliens

3- O Primeiro Beijo

4- :D Untitled

5- Inutil

6- Pare conte até dez

7- Naquela Hora

8- Por Um Mundo Com Menos Mulheres

9- Colapso

10-Imperfeição

11-07.05.06

12-sem nome um

13-sem nome dois

14-Congraçando

15-Ablaçar

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Alguém para chamar de meu.

como eu queria ter alguém pra chamar de meu,

dizer sim e não sem medo de que tudo se acabe,

ser eu mesma, poder errar, ser quem eu quero ser.

ah! como eu queria ter alguém pra chamar de meu!

e que ele possa me chamar de sua!

um alguém tão especial na minha vida

que não pudesse nem pensar em sair dela!

ah, como eu queria alguém pra chamar de meu!

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O dia estava claro, havia duas nuvens no céu, o sol brilhava...

minha casa era de madeira e fria.

minha televisão começou a ficar sem sinal...

e coisas roxas apareceram no céu e, junto com aqueles objetos não identificados, nas nuvens, se formaram olhos e eles estavam olhando pra mim, com aquelas duas manchas pretas!

Ahhhhhhhhhhhh! O que é isso?

ALIENS!

O que atraiu as naves espaciais? Não sei, mas acho que a minha antena!

Oh, Deus! Como eu sou especial! :D

(faz mais sentido com o desenho!)

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O Primeiro Beijo

Esperando, procurando os olhos dele... Que cores são? Azuis? Verdes? Mel? É! Mel, acho que mel... Depois de tanto esperar ele chegou, as luzes bateram em seu rosto e eu pude vê-lo perfeitamente, era ele! Seus cabelos castanhos claros bagunçados e, olhos brilhantes fixando-os em minha direção, sorriu... Pegou uma das minhas mãos e a beijou, seguimos de mãos dadas para dentro do salão, ele olhava para as pessoas paradas e sorria cada vez mais, o sorriso mais perfeito de todos. Nossa música começou a tocar baixa, abafada, eu não via mais nada além dele, todas as luzes haviam sido apagadas, tudo ficou escuro, ficamos de frente, um para o outro, só enxergava a luz do seu olhar, pegou uma de minhas mãos com a dele, esticou, apoiou a outra na minha cintura, eu apoiei a minha em seu ombro, um passo para a direita, nos aproximamos mais, um passo para esquerda, mais perto, outro para direita, rodando, sua bochecha encostou na minha, um passo para trás e para esquerda, nossos lábios se aproximaram, minhas mãos tremiam, ele então escorregou sua mão para o meio das minhas costas, puxou meu corpo mais pra perto dele, sentiu que era aquilo que eu queria, um passo para direita, outro pra esquerda, mais perto do que nunca, nossos olhos se fecharam, rodando e dando passos para os lados, fomos parando de rodar, ele me beijou, fomos parando de dar passos pros lados, e paramos, nos beijamos em um beijo doce e que me aqueceu, o sinal tocou e nossos corpos se afastaram com um pulo, a música do Ipod no máximo de volume foi desligada pelo professor, na mesma hora percebi todos entrando na sala de aula, ele me beijou a testa e foi pra classe dele...

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:D

De manhã tinha sido um dia normal, fútil, cansativo, mas consegui sobreviver, aprendi algumas coisas sobre filosofia, desisti de aprender física e matemática e a professora de português passou uma prova meio fácil, no intervalo tomei meu guaraná com um misto quente, e tocou o sinal e saí correndo da classe.

Quando eu saía da escola, era um dias daqueles chatos, mas mal sabia eu que uma coisa inesperada estava pra acontecer, eu olhei pro outro lado da rodovia um pouco mais atrás, vi que meu ônibus se aproximava devagar, olhei pra baixo reclamando e chutando uma pedra, pensando que ia demorar uma hora pra ele passar de novo, quando eu ouvi um grito, olhei pro lado rapidamente e tropecei.

Morrendo de vergonha olhei pra baixo de novo, dei uma risada amarela pra mim mesma, e quando eu olhei pra frente achando que iria ter alguém olhando pra mim e rindo, tudo havia congelado... menos eu! Todos tinham parado do jeito que estavam, os carros na rua que eu ia atravessar, os da rodovia logo em frente, os pássaros, dois vira-latas e as pessoas, todos estavam parados.

Vendo aquilo tudo, o que parecia ser um sonho meio bizarro, olhei para todos os lados e todos estavam parados, nada se mexia, não se ouvia barulho algum, o último barulho que eu ouvi foi a mulher gritando antes de tropeçar então eu percebi de onde veio aquele grito, era de uma senhora que tinha sido roubada.

Fui me aproximando do ladrão passando entre os carros que estavam parados na rua que saía da rodovia, e pro meu espanto - não sei por que, na verdade - ninguém buzinou pra eu sair da frente, ninguém gritou e me xingou, fui me aproximando. Vi o rapaz que pegou a bolsa da mulher, ao cometer o assalto congelou do jeito que estava, correndo: uma perna na frente da outra, a da frente, estendida, puxando mais pra frente ainda, apoiando toda sola no chão, e fazendo força pra conseguir correr, a perna de trás, estava flexionada, seus braços estavam dobrados, uma das mãos apontava pra frente fazendo uma espécie de uma concha com os dedos, como se tivesse puxando o ar, a outra mão que segurava a bolsa marrom da mulher, estava forçando os dedos para ela não cair, ele estava com um gorro cobrindo o cabelo e deixava parecer alguns cachos nos lados, sua roupa era muito simples, era uma camiseta preta, calça jeans azuis e sapatos marrons, não estava armado, mas era forte. Ele tinha olhos azuis e nem se preocupou em cobrir o rosto para não ser reconhecido, seu olhar era vazio e sua expressão era de total tristeza.

Eu aproximei dele com cuidado, sem tocar nele, pois fiquei com medo de acontecer alguma coisa, eu estava tensa, meu coração batia forte, meus olhos apreensivos, estiquei meus dedos e peguei a bolsa e me afastei dele com um pulo pra trás, ao tocar a bolsa, percebi que ela estava muito gelada, dura, mas a medida que eu segurava ela esquentava e amolecia.

Olhei pra trás e vi um homem gordo, de óculos correndo em direção ao ladrão, era claro que foi a reação imediata dele, assim que ele viu o assalto, mas ele parecia já cansado de ter feito aquele pouco esforço, a perna da frente estava estendida e a de trás flexionada, como a do ladrão, braços fazia um sinal para o outro parar, ele estava com uma calça jeans e uma camisa cinza, seus olhos pareciam ter raiva, quando olhei pra ele, no mesmo instante, percebi que ele tinha recuperado o fôlego e o suor tinha sumido, ele não se mexeu, mas eu percebi que tinha ficado mais relaxado.

Andei rapidamente em direção a senhora que tinha sido roubada, ela estava com um sapato rosa, com meias de renda, as duas pernas velhas e fracas, se segurando só com os joelhos, como se estivesse flutuando, fazia tanta força pra ficar de pé que eu tive vontade de carrega-la no meu colo, mas eu estava com medo de toca-la, ela era magra e usava um vestido rosa florido, uma de suas mãos estava levantada, chamando atenção das pessoas, a outra mão estava apenas pendurada, em seu rosto tinha uma lágrima quase azul saindo dos seus olhos verdes, escorrendo para a boca muito aberta, da onde tinha saido o grito, seus cabelos estavam arrumados e eram muito cinza, ela era morena, quase negra, tinha uma pele muito bonita, mas estava com uma expressão de indignação, tristeza... Era uma senhora tão velha mas tão bonita que eu me espantei. Deixei a bolsa que eu estava segurando e deixei perto dela, para parecer que tinha caído das mãos do ladrão, se tudo aquilo voltasse ao normal em algum momento.

Tudo aquilo que aconteceu em poucos segundos - ou em nenhum, pois os relógios haviam parado, o meu do pulso, do meu celular e a do painel da rodovia - não fazia sentido algum, eu continuei seguindo meu caminho, mesmo estando tudo parado fiquei com receio de atravessar a rodovia e bem na hora tudo voltasse ao normal, e resolvi atravessar pela passarela, por onde eu ia todos os dias.

Lá em cima tinha uma criança parada, com uma das mãos pra cima, com um olhar triste e faminto, pedindo esmola, olhando pra ela não resisti e abaixei, parecia uma escultura, não piscava, não respirava, mas vivia, eu sabia que vivia, ela era branca e tinha olhos bem escuros, cabelos despenteados e cheirava mal, fiquei com pena, e me lembrei do suco em caixinha e de um pedaço de bolo que eu tinha levado na mochila, deixei no lado dela, onde estava deitado um vira lata marrom velho, parado, também, como todas as outras criaturas, com as patinhas em baixo do fucinho, e as orelhas caidas do lado, enquanto eu me levantava para continuar andando, depois de deixar o lanche pro menino, eu percebi que o cheiro dele ia sumindo aos poucos, até que eu não senti mais nada.

Continuei meu caminho sem muitas esperanças de que aquela situação iria mudar, olhei pro outro lado, a senhora, o ladrão e o homem gordo continuavam ali, parados, como eu os deixei, olhei pra cima, o menino e o cachorro estavam iguais, parecia um quadro pintado a tinta, segui em direção ao ponto, o ônibus que eu tinha visto do outro lado da passarela ainda estava lá, mas eu não sabia se eu ia voltar pra casa por que tudo estava parado, e dessa vez, não era trânsito, não era acidente... Estavam todos e tudo congelado, menos eu!

De repente, estranhamente, eu tropecei em um nada, e quando olhei pro lado tinha uma mulher rindo de mim disfarçadamente e andando pra frente, e todos os carros voltaram a andar, olhei pro outro lado da rodovia e a mulher viu e pegou a bolsa do chão, o gordo pulou em cima do ladrão, então muitas pessoas se juntaram e não vi mais nada, dei sinal pro meu ônibus parar, era um daqueles ônibus pequenos, que a entrada é a mesma que a saída. Ao passar na roleta, um garoto loiro, meio mestiço, alto, com uma camiseta amarela de algum time europeu e bermuda vermelha, estava correndo para sair do ônibus, nós dois nos esbarramos de frente, ele parou, desistiu de sair do ônibus, nós dois rimos, e ele disse "me desculpe pelo atraso", o motorista fechou a porta e fomos embora.

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Inútil é perder sua tarde inteira correndo atrás de um presente pro seu namorado e ele terminar com você logo depois que você dá o presente toda empolgada e dizendo que o ama.

Inútil é você viver uma vida inteira economizando pra comprar um carro, e quando você consegue comprar, um bêbado na estrada acerta ele e dá PT, e o seguro só cobrir metade!

Acho que futilidade está ligada a injustiça. Você ter um computador com internet rápida é inútil, por que enquanto você tem acesso a essa tecnologia, pessoas estão morrendo de fome.

Enquando você não tem nenhum namorado, há pessoas que não fazem questão de namorar e acabam namorando todo mundo de uma vez só!!!!!!

Futilidade é poder conhecer o mundo mas não saber como ensinar uma pessoa a ler e a escrever.

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"Pare, conte até dez e ame... Ame todas as coisas em sua volta, tudo o que você já tem em sua vida. Dê valor, chore por quem merece, chore por estar feliz. Abrace a todos, fique bêbado e peça um grande amigo seu em namoro, vire melhor amiga do menino por quem você se apaixonou, mas não deram certo como namorados, fique com seu melhor amigo para vocês terem certeza de que é só amigos que vocês são. Nunca machuque quem gosta de você, não minta, só se for por uma ÓTIMA causa, faça músicas e dramas, faça tempestade em copo d´agua e chore em cima do leite derramado. Fique junto das crianças, faça poses esquisitas para fotos com seus amigos e as publiquem na internet. Tenha vinte anos para sempre, mas enquando não faz vinte, mantenha os doze anos de idade. Não faça mal a ninguém, ceda seu lugar para os velhinhos no ônibus, aposto como eles estão muito mais cansados que você, qualquer hora e qualquer dia da semana. Leia muito, leia o que você quiser, livros, horóscopos, revistar, bíblia, receitas... Dê valor aos amigos presente e aos amigos de longe. Vá para o caminho do bem, chame o amor, as cores, o carinho, os abraços e os beijos. Faça o seu melhor sempre, se temos que viver, que vivamos o melhor possível, intensamente."

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Naquela hora

Dois velhinhos caminhando de mão dadas em um dia de sol que faz muito frio, um grupo de jovens e um ônibus bem na minha frente, logo ao lado, um painel contando oito e trinta e um... oito e trinta e sete... oito e cinquenta... Muitas risadas e conversas, o vento gela todos os meus sentidos, muitos carros passando e eles traziam um vento mais gelado ainda para piorar o frio. Ninguém se importando com o cheiro de cigarro, ninguém se importando com os sentimentos alheios, mas de repente, um que merece atenção, o único que parece aquecer meu coração. Alto, loiro, olhos claros, calça jeans e casaco escuro, cabelo curto, mas o suficiente pra voar com o vento, mais sozinho do que acompanhado, passa por mim inúmeras vezes, brincando, parava, ria... sorria... Me passa na cabeça uns acordes e a melodia de uma música que eu gosto, desejo meu violão naquela hora, mas agora meus dedos estão tão frios que quase não consigo escrever, me faz pensar que seria impossível tocar aquela música lá, mesmo se meu violão estivesse comigo. Penso, então, na letra dela, de como se parece com o meu momento... Muita gente que passa por mim, quase não me vê. Tem uns que sobem na árvore que eu estou encostada e pulam na minha direção quase me acertando. Ele não virá me esquentar, pois não existo pra ele e pra quase ninguém naquele instante. Só o céu azul com as nuvens se movendo rapidamente, o frio, o vento e a luz que o sol nos tras pouco calor me faz saber que eu realmente estava ali, naquela hora.

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Por um mundo com menos mulheres!

Uma causa que eu gostaria muito de abraçar, é para a diminuição de natalidade feminina. Afinal de contas, são 100 mulheres para apenas 96 homens*, as mulheres nas ruas estão, nitidamente, em maior quantidade do que os homens, e é por isso que há mulheres matando cachorro a grito, subindo pelas paredes e posso até arriscar dizer que é o motivo das mulheres trairem menos que os homens. No meu ponto de vista, as mulheres não estão em condições de ficar escolhendo entre tantos, já que não tem muita opção, já os homens, têm um leque de opções, onde podem escolher, entre algumas, com quem ele quer ficar.

Com essa população de meninas crescendo assim, em alguns anos, as mulheres terão que buscar o prazer com outras mulheres, mas quando isso acontecer, não terá preconceito nenhum, será uma coisa natural e o bizarro será uma mulher se relacionar com um homem, ou pior ainda, se os homens começarem a casar com mais de uma mulher, já que quase não terá homem para todas! Era só o que me faltava, ter que dividir homem!

Para a minha geração, ainda que tenha opção do sexo oposto, a caça não está fácil: homens bonitos, inteligentes e com um bom caráter, são gays, os héteros estão comprometidos. Homens bonitos e solteiros são cafajestes ou burros. Homens legais, de bom caráter, inteligentes, solteiros, são feios. Mas como não estamos esperando pessoas perfeitas (- não?!) ainda temos esperança... Por enquanto! E daqui uns anos quando o mundo será habitado somente por mulheres?

Não que eu não entenda o motivo disso tudo, é a seleção natural, é a lei dos mais fortes, esses, então são "fabricados" com sucesso, já os mais fracos, a natureza vem dispensando. Defeito de fabricação sempre prejuízo, não adianta insistir em um erro!

Mas estou vestindo a camisa dessa campanha, por isso meu dever é desenvolver soluções para progredir! Para o XY voltar a ser produzido com sucesso, é necessário que os homens tentem crescer como seres humamos, parar de se preocupar com consigo mesmo, somente com futebol, carros, video games e mulheres. Só assim conseguiremos enxergar um futuro de produção em massa! Em compensação, para que parem a fabricaçao das mulheres (o então visto como sexo frágil), teríamos que regredir, mas isso é utópico demais. Então cabe aos próprios homens, uma conscientização de que a raça de vocês está para ser extinta, e tratarem de correr atrás do prejuízo.

Se a nossa campanha der certo, em alguns anos, os jovens além de mais inteligentes, fortes, educados, sensíveis, estarão procurando coroas que hoje são jovens como eu, como você, por conta da escassez de meninas. Por mim, tudo bem eu esperar esses anos para ficar com um garotão desde que eu não tenha que ficar, por falta de opção, com outra mulher, sem preconceitos, claro!

E vamos juntas em frente combater a falta de macho!

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Qual o sentido da tristeza? É aprender com os erros que cometemos, pensar que tudo tem um jeito, que ninguém é perfeito e que tudo pode mudar... E que tudo VAI mudar.

Não pensar que tudo está perdido e que sempre há uma maneira de reverter, é aí que a gente enxerga que a vida é simples demais e somos nós que a complicamos. Ou que o sentido não é o que a gente sempre achou e sim o contrário disso. Quando estamos felizes, nunca paramos pra pensar nos problemas e agimos como se o mundo fosse perfeito, mas quando estamos tristes, nunca pensamos que a felicidade pode chegar.

Uma amiga um dia me disse uma coisa muito legal, que era mais ou menos assim: podemos não estar nesse mundo pra fazer coisas grandes e sim para aprender as lições da vida. E essas lições servirão para outras vidas.

Só por que estamos felizes não podemos esquecer de Deus e de agradecê-lo. Sempre deveríamos pensar em coisas felizes para que essa felicidade de multiplicasse, e quando estamos triste deveríamos pensar sempre e coisas felizes, e nada de adiantar a única certeza que temos em nossa vida!

Se você tenta mudar, mas o mudo dá as costas pra você, comece a brilhar mais e mais até ele perceber que você está lá e finalmente virar de frente pra você! "Hakuna Matata!!!".

E todos cometem erros, alguns irreversíveis, mas depois que um "pinguinho de tinta cair num pedacinho azul do papel" podemos transformar a imagem cinza em um dia alegre e colorido, por que as vezes os erros são melhores que os acertos, pois com os erros a gente aprende e com os acertos a gente só se orgulha.

Aprender ser responsável, isso é crescer, não se trata de tamanho nem de força, o que tem por dentro é sempre mais importante, e pensar que cada um tem seu momento pra crescer, mas que há pessoas que nunca estão prontas para isso e com certeza é uma das formas mais especiais de crescer.

Se há tristezas, há tristezas, mas o mundo não é feito só de lágrimas, por mais que o planeta seja coberto pelo mar salgado, pra todos os lugares que olharmos há água doce e potável, mas se essa água está acabando não foi a natureza que quis assim, e sim nós, os homens. Os homens que sempre decidem complicar tudo, com problemas pequenos e fúteis, que fazem a doçura da vida ficar quase instinta. Mas o pensamento que a água doce e potável pode tomar o lugar de toda água salgada - as lágrimas - dos mares, é um pensamento utópico e infantil, mas é positivo e me enxe de esperança.

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imperfeição

nao aguento mais essa pressao,

pessoas me julgando por fora

e nao por dentro

e ainda dando sugestoes.

nao aguento mais esse clichê

de que "ngm me ama", "ngm me quer", "sou diferente"

se eu digo isso é por que eu me sinto realmente

não é pra me SENTIR assim,

mas hoje eu me sinto igual a tantas por ae,

eu tô crescendo e se não conseguem me acompanhar

eu só preciso me liga pra numa vida errada

não acaba entrando e seguir o que eu acredito...

não quero mais ouvir as pessoas me dizendo pra tomar juizo,

sei tomar conta de mim, sei o que é bom pra mim,

não importa a fama que me taxam, nao vou mudar pra ser

aceita num grupo que eu nem ao menos quero estar...

tenho me importado com meu carater pois ele mostra

o que sou de verdade e nao o que querem que eu seja.

já não me importo mais com pessoas duvidando do que sinto,

dizendo que eu minto, estou vivendo minha vida,

sou só uma menininha, ainda tenho mto o que aprender,

voces podem me seguir e tentar me entender,

mas se nao conseguir paramos por aqui,

daqui um anos te alcaço e voltaremos de onde paramos.

pode não parecer mas isso é sim um protesto cuzão,

não curtiu, então alguma outra sugestão?

sou só uma garota e nao devia ta falando palavrao,

mas isso é liberdade de expressao,

nao tenho um estilo definido

sou só a biboka e se não gosta das minhas rimas que se fodaaaa....

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07.05.06

Eu sinto o que digo,

e não digo o que eu sinto.

Sinto amor, não quero dizer amor,

sinto me feliz, não quero contar felicidade.

Digo ódio e digo palavrão.

Não, minha mãe não quer ouvir de mim palavrão.

Não... Eu sou a boa moça de sempre!

Não digo o que eu sinto,

Por que eu não sinto nada.

Se as palavras me pegam de repente

a escrever simplesmente

rimar ou não rimar

coração com coração

boca com boca

merda com merda

Não! Eu sinto o que eu digo.

E se não me faz bem, eu não digo

assim eu não sinto,

e sinto, sim, o que eu quero.

Amor...

Amor é a unica coisa que não dá pra dizer,

somente sentir

De resto,

eu sinto o que eu digo.

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sem nome um.

eu sou mais do que posso ser,

eu sou bem mais do que eu pareco ser,

eu sou mais que eu achava que consiguia ser,

sou mais do que eu aparento ser.

não sou poeta nem revolucionária,

não sou a poesia nem sei rimar,

não sou perfeita, mas sou romântica,

e uma romântica que se orgulha do que faz.

não estou esperando que me entendam,

estou esperando respeito,

não me venha cobrar o que eu não sou capaz,

sei até onde posso ou não chegar.

Deixem que falem merdas,

sobre merdas ditas por você,

não se importe com essas merdas,

mesmo não sendo merdas pra você

se essas merdas te fazem seu

caráter e se são o que você acredita.

Já passei da fase de me importar

com aqueles que cobram

sem poder ao menos fazer.

Você cresce e muda sua opinião,

se permite ter novas informações,

não seja conformado num mundo

em que você não pertence,

nem tente viver num mundo que aparenta

ser de rosas e nuvens brancas!

Pare de tomar conta da minha vida,

arrume alguma coisa pra fazer,

dance! pule! mude o mundo!

você pode!

deixa a música ter cantada.

faça a sua parte

que a música faz a dela!

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sem nome dois

Ser excessão não todos te entenderem

e quererem ser iguais a você

Não é todos gostarem das merdas que você diz

só por que são fáceis de ser entendidas.

Ser excessão é ter voz e não ser entendido

Ter voz e dizer o que pensa,

aceitar de cabeça levantada o que

pensam sobre você mas nunca se importar

com as pessoas pequenas

Ser excessão é pra quem não é simplesmente igual,

ser execessão é brilhar com uma luz própria

e poucos não se incomodarem com esse brilho.

Ser excessão não é só ser especial,

e sim lutar pelo o que você acredita,

sempre, mesmo quando ninguém te apioa,

ser excessão não é ter apoio dos excluidos,

dos rejeitados, e sim manter o nariz empinado,

e mesmo assim conseguir ver as pedras no caminho

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Congraçando

Estava sentada num banco de plástico, esperando por minha mini-pizza de mussarela quentinha, com minhas unhas roídas e óculos fundo de garrafa, falando com dona Maria, a mulher da pizza, sobre o calor do dia, entre meu escritório, de um lado da rua, e uma escola de desenho no outro lado. Deparei, então, com uma menina, com seus 16 anos, ruiva, com o cabelo solto que brilhava com o sol forte, óculos de sol, lindo sorriso, magra, baixa, com uniforme de uma escola, cortada na gola e na barra, com a calça de moletom baixa aparecendo suas covinhas nas costas, colares e pulseiras, munhequeira e um all star vermelho, ela estava andando naquela rua pouco movimentada de um lado pro outro, pisando nas folhas secas do chão, então um menino saiu da escola de arte, ela o chamou e tirou os óculos e minha pizza chegou.

O menino tinha, talvez, um ou dois anos a mais que ela, cabelos muito lisos e pretos, bem penteado, uma camiseta verde um pouco mais escura que seus olhos, bem arrumado, com roupas legais e tênis. Ele não sorriu quando a viu, ele disse que precisava ir embora, mas que ele tinha gostado de vê-la, disse pra voltar outro dia para eles conversarem melhor. Ela se sentou no meio fio e pediu cinco minutos para ela tentar entender o que estava acontecendo e ele se sentou ao seu lado.

Ele pediu desculpas e disse que não poderiam se ver mais, ela que estava abraçando seus joelhos e de cabeça baixa, levando seus olhos verdes furiosos, aliás, essa era a única semelhança externa que eu pude observar neles dois, ela perguntou por que não e ele disse que ela era linda, meiga, insubstituível, mas amava sua namorada e o destino era inexorável, e ele usou mesmo essa palavra, inexorável. Foi então que minha mussarela caiu, não por que um menino dessa idade usou uma palavra dessas numa conversa de rua, mas por que eu me lembrei dos meus 17 anos.

Ela disse que a vida era muito curta para ficar pensando que em tudo que fazemos tem que haver uma segunda intenção, falou que ela só não entendia por que ele não queria vê-la mais, pois eles eram só amigos, e mesmo que tivesse apaixonada por ele não ia tentar conquista-lo, pois respeitava seu espaço.

Eles se levantaram, os dois estavam se olhando dentro do olho, e ele disse que tinha medo de eles serem feitos um para o outro, e se apaixonar por ela, ela perguntou "e daí? O que tem de mais?" ele disse que gostaria de descobrir esse amor quando ele tivesse solteiro, e não estivesse gostando de outra. Ela se virou e disse que se fosse para eles se apaixonarem, eles já estariam apaixonados, que tinha certeza que aquele não era o motivo para ele querer se afastar e começou a aumentar a voz, e perguntou por que ele não queria saber dela, nem como amiga, por que era isso que ela queria, ser amiga dele. Ela ia gritando decepcionada, pedindo explicação, e disse que ele não queria conhecê-la pessoalmente só queria ficar iludindo ela virtualmente e depois que começou a namorar ficava dando desculpas para não se encontrarem. E perguntava mais vezes e cada vem mais alto, qual iria ser a desculpa agora que estavam frente a frente e não se falando via internet.

Eu prestei ainda mais atenção na conversa. Amigos virtuais? Qual é, essa menina era eu há 15 anos.

Ele pegou a mão dela, e disse que se ela queria saber mesmo a verdade era parar de gritar por que todos olhavam para eles e es tava ficando encabulado. Todos pararam de olhar e acho que só eu os observava. Ele disse que estava apaixonado por ela desde o primeiro dia que eles se conheceram, eram tão diferentes externamente, como o estilo de vida e as oportunidades, mas os sentimentos, as vontades e a filosofia de vida eram praticamente a mesma, ele ainda disse que quando a viu hoje seus olhos verdes penetraram no coração já seduzido, e ele não parava de pensar um minuto nela desde o dia que se conheceram, mas que começou namorar essa menina e... Houve um silêncio e ela perguntou se ele tinha se apaixonado por ela, já que ela era de carne e osso e ela era quase virtual, ele disse que não, gaguejou um pouco e disse "é só que ela..." nesse instante passou um carro entre nós e eu não consegui ouvir o que ele disse, só vi depois que ela ficou meio chocada mas disse que por isso ela podia dizer que também gostava dele, desde sempre, mas que entendia que por enquanto não podiam ficar juntos, mas que não aceitava ficar longe dele sendo sua amiga, e também por que ele estava precisando de ajuda. Ele beijou sua mão e sua bochecha, se abraçaram e saíram em direção ao ponto de ônibus.

Nenhum carro passou enquanto eles conversavam, a rua era mesmo meio deserta, eu me perguntei o que será que ele disse pra ela, será que a namorada dele era uma doente e iria morrer logo? Ou será que ela era doente mental e podia matá-lo se terminassem? Ou será que os pais deles obrigaram a se casar mesmo estando no século XXI?! E se ela estivesse grávida e estivesse vivendo sob pressão?! No meu caso, há 15 anos, o menino que eu conversava virtualmente, não foi meu amigo na vida real, por que não tivemos oportunidade de nos encontrar, o único amigo real em comum não nos ajudava muito e sempre tinha algum problema pra nos ver. E acabei mudando de cidade e até nos falamos um pouco via internet, mas não nos vimos nunca.

Ainda desconfio que o menino não gostava de mim, de conversar comigo, de vez em quando penso que ele não foi com minha cara, mas essa é uma eterna dúvida, como a dúvida do que o moreno, dos cabelos lisos, disse pra ruiva, dos olhos verdes, que a fez confessar que gostava dele também e mudar todo o rumo da história, fez ele sorrir e até consegui perceber que o sorriso do menino não era tão bonito quanto o dela, mas era bonito. Talvez o destino seja mesmo inexorável e tudo esteja escrito em algum lugar, talvez nas nossas próprias atitudes.

Inexorável – que não se deixa aplacar, inflexível.

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Ablaçar

Seis e quarenta da manhã, eu saía de casa como quase todos os dias, meio distraído, pensando nos acontecimentos da última semana. Foi enquanto eu brincava com a chave do portão em minhas mãos que eu a percebi. Linda, ruiva, um terço da sua perna aparecendo por causa de sua bermuda, uma camiseta da nossa banda preferida, em sua orelha direita, a que dava pra enxergar, duas argolinhas iguais, suas unhas estavam pretas e feitas, lindas como sempre. Demorou um momento pra ela me perceber ali parado atrás do portão, ela estava chorando com sua agenda aberta no dia do aniversário dele. Quando me viu, colocou a foto dele dentro da agenda e a fechou, a colocou em cima de sua mochila vermelha, levantou e colocou uma carta com a letra dele dentro do bolso da bermuda.

Veio até mim, com seu all star vermelho sem meia, seus cabelos lisos presos em marias-chiquinhas, ela era baixa, então, ficou nas pontas dos pés e me deu um abraço. Pude sentir aquele perfume só dela, suas mãos macias em volta do meu pescoço, tudo passou muito rápido, mas pra mim não, parecia uma eternidade, meu tempo parou e só voltei em mim quando senti uma lágrima dela molhando meu ombro, mas continuou aquele abraço tão aconchegante.

Ela tinha completado dezoito anos fazia três dias, estava quase terminando o colegial, estudava na escola desde a quinta série, ela adorava ir pra escola, todos seus amigos estavam lá, mas agora ela nem se importava com sua formatura ou vestibular.

Ela estava linda, mais linda do que todos os dias desde que eu a conheci, mesmo sendo um dia tão... ela estava maravilhosa, eu não estranhei muito ela ter vindo aqui pra casa de manhã desabafar, por que juntos nós poderíamos tentar superar, mesmo ela sabendo que não ia superar tão cedo.

Loren, esse era o nome dela, Loren. Meus dias nunca eram iguais quando eu estava com ela, cada dia acontecia uma coisa diferente, e quando não a via, meu coração sentia muita falta, e eu tinha muito medo de nunca mais vê-la. De ela de repente se afastar da gente, não nos procurar mais.

Quando ela me soltou daquele abraço, pude perceber seus olhos brilhando muito e algumas lágrimas em neles, mas um sorriso muito sincero. No que ela se afastou, percebi um chaveiro com três chaves em sua mão, aquelas chaves que tantas vezes ela esqueceu em cima da mesa da minha cozinha, sua mãe cobrava dela e ligava pra mim não esquecer de levar no dia seguinte pra escola.

Eu adorava quando ela ligava, ela tinha uma voz suave, ela fazia brincadeiras com sua voz de vez em quando, contava piada ao telefone, aquelas piadas que se contam quando passam trote. Ela era assim: engraçada, meiga, distraída, apaixonada, inteligente, carinhosa com seus amigos. Tinha vezes que eu gostaria de pegar da mochila dela e esconder a chave só pra ela ligar mais tarde, mas eu não tinha coragem pra fazer isso.

A gente fico parado lá na frente de casa um certo momento, então tive a impressão de que ela lembrou de alguma coisa e pediu pra gente ir andar, eu estranhei, por que era andando que a gente ia pra escola. Mas ela não queria ir pra escola, eu percebi depois, quando ela virou à esquerda quando devia ter virado à direita. E me levou pra longe da escola.

Ficamos num ponto de ônibus por alguns minutos até qualquer um passar, enquanto esperávamos, ela pegou de sua mochila uma camiseta que eu havia emprestado pra ela fazia muito tempo, num dia que ela derramou café na sua, ela nunca nem tinha falado sobre devolver a camiseta, já que era uma camiseta do Blink 182, e nesse dia eu já nem lembrava mais, e me devolveu. Tirei meu uniforme e coloquei a que ela me deu, eu me sentir melhor, por que ela era mais grossa e o dia estava frio.

Esperamos sentados no chão mesmo, em silêncio, eu sabia que tínhamos muitas coisas pra ser ditas, mas não conseguíamos dizer nada, no máximo falar algumas coisas, mas se as palavras saiam com algum sentido nós sabíamos que não.

Eu fiquei reparando nela, ela era pequena, encaixava sua cabeça no meu ombro, abraçando seus joelhos e se balançando, seu cabelo caía em seus ombros e brilhava com o sol que fazia. Ela me fazia me sentir tão pequeno, por ser tão maravilhosa, mesmo eu sendo uns quinze centímetros mais alto que ela.

Ela me olhava como se tivesse alguma coisa pra me contar, alguma revelação, e até muitas vezes, abria a boca como se fosse dizer, mas não dizia. Nada.

Subimos no ônibus que levava até o largo da batata, onde gostávamos de ir pra ficar na praça de manhã, na IGREJA e coprando CD´s e sempre gostava de ficar olhando boinas, chapéus, óculos escuros quando estava com os amigos, eu sempre os acompanhava, por que era divertido passar esses momentos com ela.

Quando chegamos em frente da igreja, não conseguimos nos sentir culpados por estar longe da escola daquela hora, a gente sabia que Deus não ia nos punir por estar ali aquele dia, por que aquele dia...

O dia estava lindo, o céu azul, mas um frio muito calmo, sem vento, o sol esquentava só um pouco, não havia muitas pessoas na rua aquela hora, só começou a chegar pessoas pra missa das sete e meia, e assim que eles chegaram, nós saimos de lá, me bateu uma tristeza, por isso.

Meus dias eram todos lindos, ele podia não necessariamante estar perfeito, mas estar com ela, abria qualquer céu cinza, feio, triste, emburrado.

Fomos andando e paramos numa padaria, comemos alguma coisa enquanto conversávamos sobre qualquer coisa, ficamos a manhã inteira jogando papo fora, sobre ela terminar o colegial, também sobre entrar na faculdade, sobre seus planos pra seguir sua vida, sobre Green Day, a banda preferida, e nossa viagem que íamos fazer em uns seis meses para os Estados Unidos, na casa de uma prima dela.

Ficamos conversando e andando, ouvindo CD´s nas lojas que parávamos, procurando um mais barato, tentando fazer ela se distrair experimentando xales, óculos, boinas e afins.

Nessas horas dava pra esquecer a tristeza, não via a hora de fazê-la rir de novo, aquela risada só dela, ela não se importava com o sol e ficar andando, ela gostava de andar.

A gente ficou fazendo nada a manhã inteira, então minha mãe sentiu minha falta no almoço, e a dela também, me ligaram, as duas, imaginando que estivessemos juntos, falamos onde estávamos minha mãe pediu pra gente não se atrasar a noite.

Pagamos um ônibus e fomos pra Av. Paulista, no MASP, ela era a artista da escola, adorava tudo sobre pintores e escritores, não deixava nada passar, brincávamos que ela era praticamente a reencarnação de Anita Malfati sem talento, mas talento ela tinha vários, sabia desenha muito bem, tocava um pouco de violão, e fazia os outros rirem. Ela era perfeita.

Ficamos na Av. Paulista até umas cinco da tarde, e decidimos ir pra casa, como não morávamos muito longe, levei ela até a dela, por que já estava escurecendo, quando chegamos em seu portão, ela ficou de novo nas pontas dos pés e me abraçou, agradeceu pelo dia e entrou, antes disso virou e disse com uma voz triste "não me abandona hoje de noite, eu vou falar alguma coisa sobre ele lá no altar... Samuel, como ele faz falta..." e eu disse pra não se preocupar que eu estaria sempre com ela.

Chegando em casa encontrei todo mundo pronto pra sair e minha irmã mais nova sentadinha na frente de uma foto dele na mesa da sala, quando eu entrei ela deu um pulo e disse: "PEDRO!" mas olhou meio decepcionada pra mim, mesmo assim veio até mim e me deu um beijo.

Subi as escadas pro meu quarto sem sentir nenhum sentimento, nem feliz, nem triste, então quando eu cheguei no nosso, quer dizer, no meu quarto, li de novo aquela carta que ele me deixou "Cuida da Lo, Sam, eu a amo demais, não deixa ela chorar, e quando fize-la rir, repare em seu sorriso, não é bonito, é mágico. Te amo, irmão, a gente se encontra aqui em cima."

Ele só tinha dezenove anos e nos deixou tentando vingar o irmão de um amigo.