Ser ou não ser exige, antes de tudo, muita ponderação. Passado e presente são balizadores para decisões que devem ser tomadas a frio. O que se quer e o que dispomos são duas variáveis conhecidas. O resto são incógnitas, cuja equação que soluciona o problema não precisa de fórmula matemática, nem de nenhum teorema.

Duas pessoas juntas formam um par ou uma dupla, mas é preciso ter em mente o que realmente não se quer. É mais fácil distinguir-se o que não se quer do que o que se quer. Dentre as coisas que queremos, podemos ficar indecisos, o que não acontece com o que não se quer, exceto sofrer.

 Ninguém sofre porque quer, mas pode evitar estar próximo dos estímulos que o fazem sofrer, se isso for opcional, é claro. Há quem sofra por falta de escolha. Ficam apenas com a vontade de fugir de tudo. É o que leva muitas pessoas a chegarem ao extremo. Preferem partir antes da hora, levando consigo todos os sonhos e as esperanças que se exaurem com a partida. E os que ficam nem sempre se dão conta de que a cada um coube uma parcela de culpabilidade.

Há os que sofrem calados. É a pior circunstância, porque não dá a menor chance de ser assistido. E a extrema atitude causa surpresa e muitos exclamam: quem diria que fulano (a) sofria por alguma coisa!

Disfarçar o sofrimento pode ser muito cômodo para os que fazem parte do circulo de convivência, mas é péssimo para quem sofre!

Portanto, sofra, mas deixe aflorar seu sofrimento. Compare seu penar com o de outras pessoas. Verá casos piores do que o seu e isso já serve de consolo. Há quem tenha motivos de sobras para sofrer e ainda assim sorriem. Em contrapartida, há os que têm tudo para serem felizes e sofrem!

Espero que este meu texto seja visto pelos que sofrem meus votos de esperança. E aos que se consideram felizes, recomendo que percebam que é possível distribuir pequenas porções de felicidade aos que dela estejam à procura.

A propósito, um Feliz Ano Novo para todos os que lerem esta mensagem de otimismo e esperança.

Té...