NA TEIA DA EXISTÊNCIA

Finda o ano mas não a vida, que prossegue célere.

E o momento é extremamente propício para renovarmos os nossos desejos, esperanças, amizades, amores, ideias e ideais. Vencer os empecilhos que nos fazem ficar estagnados em nossa caminhada, aqueles que nos levam ao desânimo, à indiferença, ao pessimismo, ao desamor.

É gratificante encerrar um ano e iniciar outro da mesma forma que se encerra um período de aprendizado para começar outro, estabelecendo nossos objetivos, planejando o que gostaríamos de realizar e empenhar-nos com toda garra para que os mesmos, concretamente, se realizem.

O sucesso daquilo que idealizamos dependerá muito do nosso entusiasmo. Um novo ano desponta e com ele a maneira de vivê-lo plenamente, intensamente, renovando os nossos desejos à luz da fé, que constitui-se na autêntica forma de viver, de compreender, de existir e de agir nesse mundo de Deus.

A fé toca-nos a inteligência ao oferecer verdades que nos esclarecem o sentido da vida. Nela existe uma beleza que nos encanta. E aquilo que nos encanta continua a morar dentro daquele primeiro momento da nossa criação, repleto de graça espiritual.

Vivemos, assim, no horizonte da criação e da graça não como em dois mundos separados, mas como duas luzes diferentes que iluminam o mesmo caminho.

É hora de abrirmos o coração, estendermos as mãos, revestir-nos de amor e encher-nos de inefável gozo ao sentir-nos atraídos pelos tesouros que repousam no fundo de nosso próprio ser, despedidos de preconceitos, buscando sempre um reforço espiritual que nos fazem melhor, que mais nos aproximam de Deus, do Infinito e, portanto, nos tornam mais compassivos, mais sensíveis, mais humanitários, mais amorosos.

A chegada de um novo ano é o momento propício à revisão de vida. Tempo de se fazer um balanço de tantas coisas feitas ou desfeitas, avanços e recuos, mágoas e alegrias que impregnam nossa subjetividade.

Tempo de livrar-nos de impulsos vingativos, de revides e antagonismos, da sonegação de emoções e sentimentos.

Tempo de compreender e aceitar que as pessoas podem cultivar valores diferentes dos nossos. E quanto mais conscientes nos tornamos do que nos limita, mais ilimitada se torna a nossa vida e maiores serão as possibilidades que nos animam, nos encorajam e nos iluminam como um farol que brilha serenamente, tornando claros os caminhos por onde vão se construindo a nossa história, na teia da existência.

Feliz 2012 a todos e que Deus, em sua infinita bondade, abençoe e encha de paz os nossos corações.