NATAL: TEMPO DE PAZ!
Há uma leveza e uma magia no ar! Uma brisa leve e tépida acaricia os corações e suaviza a face de cada ser humano. A generosidade desenha um sorriso em cada rosto; os braços se descruzam, as mãos se abrem, se estendem...
Luzes multicores incendeiam os olhares das crianças!
A esperança incendeia os olhares dos idosos!
Sonhos ousados incendeiam os corações dos jovens!
Inimigos se reconciliam...
Das flores emanam as mais inebriantes fragrâncias; os pássaros ensaiam os mais belos cantos, a vida se harmoniza...
Doce magia...
Sublime fantasia...
Adorável mistério...
Então, me dou conta de que novamente é Natal!
Sorrio, em cumplicidade com o universo, mas, dentro de mim há uma inquietação, uma tristeza silente, uma saudade antecipada...
Sim, porque o Natal vai passar e - como das outras vezes - levará consigo os sorrisos e a generosidade que ora faz morada nos rostos e nos corações das pessoas.
E o que ficará?
Ficará em cada ser humano - pendurado na parede da sua memória - o retrato de um momento de paz absoluta, de felicidade plena, de misericórdia acolhedora...
Mas, ficará, acima de tudo, a certeza de que somos egoístas e fracos demais para podermos reter este momento, eternizando-o.
Então... finalizo em perfeito congraçamento com o Padre Zezinho que ousou sonhar - como sonham os poetas - e deixou que o seu suspiro tocasse a branca folha de papel, com tão exuberantes versos:
"Tudo seria bem melhor, se o Natal não fosse um dia,
Se as mães fossem Maria
E se os pais fossem José;
E se a gente parecesse com Jesus de Nazaré!"
Alexandre Brito - 12/12/2011
(*) Imagem: Google