QUISERA VER TODOS FELIZES
Bem quisera eu ver felizes os seres que amo,mas, só venho contemplando dores demasiadas, de todas as naturezas, nos seus rostos e vidas, nas suas almas, tanto quanto no meu rosto, vida, alma. Sempre, por pior que eu estivesse, achava palavras e gestos para confortá-los, para ajudá-los no que me fosse possível. Agora, onde as minhas palavras? Onde os meus gestos? Sinto-me deveras miserável, menos por minhas próprias misérias do que pelo sentimento de impotência e de absoluta fragilidade diante das misérias sofridas por aqueles que amo,seres que devem estar se sentindo totalmente órfãos de mim, neste tempo em que me sinto totalmente órfã de mim e só plena de palavras e de silêncios que não me servem, nem servem a ninguém. Perdoem-me, todos. Perdoem-me.
Na tarde de 06 de dezembro de 2011.